Agência Estado
O braço do grupo fundamentalista Al-Qaeda no norte da África defendeu nesta terça-feira novos ataques contra diplomatas norte-americanos e a escalada de protestos contra o polêmico filme anti-islâmico produzido nos EUA, que desde a semana passada deflagrou uma série de distúrbios no Oriente Médio e outras regiões.
Embora as demonstrações tenham perdido força em países como Egito e Tunísia, violentos protestos motivados pelo filme ocorreram no Paquistão e na região da Caxemira, controlada pela Índia, e centenas de pessoas saíram às ruas na Indonésia e Tailândia.
Em Cabul, capital do Afeganistão, pelo menos 12 pessoas foram mortas hoje num ataque suicida atribuído ao filme, que satiriza a imagem do profeta Maomé. O filme, "A Inocência dos Muçulmanos", foi produzido por um norte-americano nascido no Egito.
As autoridades em Washington descreveram o vídeo como ofensivo, mas o direito de livre expressão adotado nos EUA bateu de frente com a ira de muçulmanos, que protestam pela forma como Maomé é caracterizado no vídeo.
Em comunicado divulgado hoje, a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM, na sigla em inglês) elogiou o assassinato de Christopher Stevens, embaixador dos EUA na Líbia, num ataque lançado contra o consulado norte-americano em Benghazi, no último dia 11. Além disso, o grupo ameaçou lançar ataques na Argélia, Tunísia, Marrocos e Mauritânia e condenou os EUA por "terem mentido para os muçulmanos por mais de dez anos, ao afirmar que sua guerra era contra o terrorismo, e não contra o Islã".
Ainda no comunicado, a Al-Qaeda conclamou os muçulmanos a arrancarem e queimarem as bandeiras dos EUA em embaixadas e a matar ou expulsar diplomatas americanos para "expurgar nossa terra de sua imundície, em retaliação pela honra do profeta".
A divisão da Al-Qaeda no Iêmen recentemente fez um apelo semelhante para que ataques sejam lançados contra instalações diplomáticas dos EUA. As informações são da Associated Press.
Nenhum comentário:
Postar um comentário