MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 1 de junho de 2019

Renault-FCA pagará pelas tecnologias de Nissan e Mitsubishi


Renault-FCA pagará pelas tecnologias de Nissan e Mitsubishi
A aliança Renault-Nissan não é uma união harmônica, apesar de parecer. Um casamento de 20 anos, celebrado pelo agora preso Carlos Ghosn, foi abalado recentemente pelo escândalo envolvendo o executivo brasileiro, que ficou detido no Japão. No entanto, essa relação entre as duas marcas ganha um novo capítulo que pode mudar muita coisa.
De acordo com a Reuters, que cita duas fontes com conhecimento do assunto, uma fusão entre Renault e Fiat Chrysler poderá levar custos extras para o uso de tecnologia de carros elétricos da Nissan e mesmo da Mitsubishi, caso as duas empresas europeias decidam utiliza-las.
Atualmente, a Renault paga royalties à Nissan para utilizar suas tecnologias de carros elétricos e sistemas de redução de emissões. Só que a francesa paga menos por isso, enquanto a japonesa precisa dispor de um percentual maior para obter certas tecnologias de sua parceira do losango.
Essa desigualdade no pagamento de royalties é um dos pontos de discórdia entre as duas partes da aliança e pode gerar problemas para uma futura fusão entre Renault e FCA. A Nissan já deu sinal de que não irá interferir no processo de união das duas empresas do velho continente, mas segundo o apurado.
Renault-FCA pagará pelas tecnologias de Nissan e Mitsubishi
A fonte é da Nissan, que confirmou a exigência de pagamento de royalties também por parte da Fiat Chrysler, se esta se unir à Renault: “Sempre que a Nissan transfere plataforma, powertrain ou outra tecnologia para a Renault, há uma margem ou royalties que a Renault tem que pagar pelo uso dessa tecnologia”.
A fonte ainda completou, em um tom animador: “Nesse sentido, a FCA, se tudo desse certo, se tornaria outro ‘cliente’ nosso e isso é bom. Mais negócios para nós.” Numa fusão, a Nissan terá 7,5% das ações com direito a voto. Hoje, ela não tem esse privilégio, mesmo tendo 15% da Renault, enquanto esta detém 43,4% da japonesa e com poder de decisão.
Com linhas bem distintas, Renault e FCA terão de cortar muitos gastos para haver uma sinergia, ainda mais com o envolvimento da Nissan e da Mitsubishi. Segundo analistas de mercado, a fusão é um caminho sem volta na indústria automotiva e, nesse caso específico, a complexidade será enorme diante de tantas plataformas, motores e tecnologias.
[Fonte: Reuters]

Nenhum comentário:

Postar um comentário