segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Cervejaria da Ucrânia para de produzir cerveja para fazer coquetel molotov
BAHIA NOTICIAS
Em Lviv, principal cidade do oeste da Ucrânia, dentro de uma zona industrial, os trabalhadores de uma cervejaria deixaram de fazer bebidas e agora produzem coquetéis molotov para serem usados contra o exército russo.
"Devemos esperar que o pano fique bem empapado. Quando chega ao ponto, o coquetel molotov já está pronto", explica sorrindo um jovem empregado vestido com um casaco vermelho e um boné, enquanto empurra o pano até o fundo da garrafa, cheia com uma mistura de óleo e gasolina, segundo a Folha de São Paulo.
Ao mesmo tempo, ao seu lado, dois outros empregados repetem o mesmo gesto, em um ambiente descontraído. Os coquetéis molotov que já estão prontos são colocados em cima de tábuas, para protegê-los dos flocos de neve que caem.?
Diante do medo da chegada de tanques russos em Lviv, um reduto da identidade ucraniana, essas armas de rua parecem irrisórias, mas Iuri Zastavny leva sua fabricação muito a sério. Fundada en 2014, Pravda é uma conhecida empresa na cidade, onde já deu o que falar após nomear Putin Huilo (um xingamento ao presidente russo) a uma de suas cervejas mais conhecidas.
No sábado (26), seus empregados começaram a fabricar coquetéis molotov, destinados à defesa territorial ucraniana. No mesmo dia, o presidente do país, Volodimir Zelenski, havia pedido resistência e orientado as pessoas a jogar coquetéis molotov nos invasores. Os postos de controle já estão muito bem equipados na entrada dessa cidade de 720 mil habitantes, onde policiais, militares e voluntários controlam rigorosamente a passagem de todos os veículos.
A cervejaria indicou em suas redes sociais, no domingo (27), que havia aberto suas lojas para que sirvam de abrigo subterrâneo em caso de alerta aéreo. A previsão é que sigam fabricando coquetéis molotov. "Devemos fazer todo o possível para ajudar a ganhar essa guerra", diz Zastavny.?
Guerra da Ucrânia deve acelerar inflação da comida no Brasil e preocupa Paulo Guedes
BAHIA NOTICIAS
por Nathalia Garcia e Vinicius Torres Freire | Folhapress
A guerra na Ucrânia deve fazer com que a inflação da comida volte
a acelerar no mundo e, claro, nos Brasis. Os preços de trigo, milho e
soja deram saltos nesta segunda-feira (28) em vários mercados dessas
commodities, em Chicago e em Londres. Milho e soja mais caros também
salgam o preço de rações, logo de carnes, e também de óleos.
Os preços do milho subiram mais de 5,5%; da soja, em torno de 3,5%;
do trigo, quase 10%. A Rússia e a Ucrânia exportam cerca de 30% do trigo
comprado no mercado mundial e pouco mais de 20% do milho.
As exportações desses dois países podem ser prejudicadas pelas ruínas
causadas pela guerra, pelas dificuldades de financiamento provocadas
pelas sanções ao sistema financeiro russo e pelo bloqueio dos portos da
Ucrânia pela Marinha de guerra russa.
O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta segunda estar preocupado com a pressão inflacionária mundial devida à guerra.
"No caso da Ucrânia, a questão são os grãos; da Rússia, são os
fertilizantes, no que diz respeito ao Brasil. Estamos preocupados com a
inflação mundial. É muito mais o impacto na economia global, porque
estamos começando a nos recuperar da pandemia. Então, não é nada bom
para o mundo", afirmou em entrevista à TV Bloomberg, especializada em
informações econômicas e financeiras.
A Rússia é o maior exportador mundial de fertilizantes. As sanções
americanas contra bancos russos por ora excluem negócios com produtos
agrícolas, assim como permitem transações relativas à produção e ao
comércio de energia, entre outros. No entanto, também é possível que
dificuldades de pagamentos e financiamentos do comércio desses produtos
causem escassez, atrasos e altas de preços.
"O mundo está em desaceleração sincronizada. A inflação está
crescendo em todo o mundo, e isso poderia agravar o futuro da economia
global", continuou o ministro.
Segundo Guedes, a inflação brasileira é fruto, sobretudo, da inflação
global, e usou os Estados Unidos como comparativo. "Não há pressão
inflacionária. A inflação no Brasil passou de 3% para 10%. A inflação
nos Estados Unidos foi de 0% a 7%. Então, basicamente é inflação
global", disse.
A prévia da inflação oficial no Brasil teve variação de 0,58% em
janeiro e segue em dois dígitos no acumulado de 12 meses, com 10,20%,
apontam dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
15). Nos Estados Unidos, a inflação chegou a 7,5%, a maior alta em 40
anos.
Já a inflação de alimentos no país chegou a 19,1% ao ano em fevereiro
de 2021 (de "alimentos no domicílio", segundo o IPCA-15). Em janeiro,
ainda crescia em ritmo veloz, mas desacelerara para 8,5% ao ano. Em
fevereiro, voltou a acelerar, para 9,5%.
Em um ano, os preços do milho no mercado mundial aumentaram mais de
25%; o da soja, 17%; do trigo, 42%. No entanto, apenas em dois meses
deste 2022, a cotação do milho subiu quase 18%. A da soja mais de 22%; a
do trigo mais de 18%. A guerra teve influência maior nessa disparada.
O barril de petróleo (tipo Brent) foi cotado ontem a US$ 101,1, em
alta de 3% no dia. Neste ano, a alta acumulada é de quase 30%.
A equipe de Guedes teme que o avanço nos preços internacionais do
petróleo intensifique a busca do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do
Congresso por iniciativas populistas e, na prática, ineficazes para
tentar segurar os preços dos combustíveis.
Hoje, as medidas estão concentradas na desoneração dos tributos
federais sobre o diesel e na mudança do ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços). A possibilidade de um pico de inflação no
auge da campanha eleitoral havia impulsionado a decisão de Bolsonaro de
patrocinar a PEC do corte de tributos sobre os combustíveis.
Os preços dessas commodities no Brasil refletem as condições do
mercado mundial —?sejam grãos ou o petróleo vendido pela Petrobras e
cotado por política declarada da estatal a valores de "paridade
internacional". Uma valorização do real em relação ao dólar poderia
conter a disparada da carestia de grãos básicos, carnes e combustíveis.
Mas o modesto avanço da moeda brasileira neste ano fica muito atrás da
inflação de commodities.
Paulo Guedes também negou que haja pressão fiscal, afirmou que o
déficit primário brasileiro recuou de 10% do PIB (Produto Interno Bruto)
em 2020 para 0,4% do PIB em 2021 e disse ainda que o gasto social está
dentro do teto.
A expectativa da equipe econômica é de queda na inflação, segundo o
ministro, que diz acreditar que o Brasil pode novamente "surpreender
para o positivo". "Estou mais preocupado com vocês", comentou.
"O Fed [Federal Reserve] está bem atrás da curva, o BCE [Banco
Central Europeu] também. Estou muito preocupado sobre vocês aqui, o Fed
está dormindo no volante e a inflação global está chegando", disse. Na
opinião de Guedes, ambos estão atrasados no combate à inflação.
O titular da Economia comentou o aumento do preço dos grãos em viagem
a Nova York, nos Estados Unidos. Aproveitou o feriado de Carnaval para
realizar contatos com bancos de investimento e investidores
institucionais, em Nova York, nos Estados Unidos.
Ao ser questionado sobre a posição "neutra" do presidente Jair
Bolsonaro sobre a guerra, o ministro ressaltou o posicionamento oficial
do país.
"O Brasil, no Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações
Unidas], votou duas vezes —e votaremos de novo—? condenando a invasão da
Ucrânia. Ao dizer isso, nós desejamos que, de forma pacífica, a
situação seja resolvida o mais rápido possível", declarou.
No domingo (27), o presidente Bolsonaro defendeu que o Brasil
permaneça neutro no conflito. "Nós não podemos interferir. Nós queremos a
paz, mas não podemos trazer consequências para cá", afirmou o
presidente brasileiro durante entrevista coletiva em um hotel em Guarujá
(SP).
Em discurso na Assembleia-Geral da ONU, nesta segunda (28), o Brasil
condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia. O embaixador Ronaldo Costa
Filho pediu que os órgãos das Nações Unidas trabalhem conjuntamente em
busca de soluções. "Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode
colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar
isso."
No período da tarde, o Brasil voltou a criticar o risco de escalada de tensões em reunião do Conselho de Segurança.? "As severas sanções podem trazer efeitos na economia global com consequências sentidas muito além da Rússia. Possivelmente, as populações nos países em desenvolvimento serão as que vão sofrer mais", disse João Genésio de Almeida Filho, representante permanente alterno do país na ONU.
A Dança de Natasha: um momento crucial da história russa.
Jornalismo x jornalixo: a eterna batalha (4).
E como é nelas que se decide o jogo do poder nas democracias, mesmo as melhores redações do planeta, com raríssimas exceções, tornaram-se totalmente imunodeficientes ao assédio do jornalixo. Fernão Lara Mesquita:
A infância como cobaia da ideologia de gênero
As crianças estão a ser cobaias de uma ideologia. São confrontadas com uma multiplicidade de “identidades” sexuais para, de acordo com os ideólogos de género, experimentarem e saberem quem são. Maria Helena Costa para o Observador:
Frustração: Macron descobre que não dá para confiar em Putin.
Em busca de uma vitória diplomática que revertesse em ganhos eleitorais, o presidente francês sai de Moscou com sanduíche de vento na mão. Vilma Gryzinski:
Quem manda é o custo de vida
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Coluna de Carlos Brickmann, publicada nos jornais desta quarta-feira, dia 9 de fevereiro:
A depredação da Igreja: Carta aberta a Polzonoff.
A realidade está ao nosso favor; não dos camisas vermelhas que acham que catolicismo é coisa de branco. Bruna Frascolla para a Gazeta do Povo:
Revel e o conhecimento inútil: "A primeira força que governa o mundo é a mentira".
Sin embargo, todo cambió en los años setenta, cuando se sintió traicionado por la fascinación que la izquierda democrática seguía sintiendo por el comunismo y por el hecho de que Mitterrand se dejara “fagocitar” (la expresión es suya) por el Partido Comunista francés. Fue entonces cuando escribió sus libros más memorables: 'La tentación totalitaria' (1976), 'Cómo terminan las democracias' (1983) y, después, este 'El conocimiento inútil'. A Revel se le consideró inmediatamente un conservador, incluso un reaccionario, por sus implacables críticas a la izquierda. Para Vargas Llosa, que le dedicó un perfil larguísimo y muy recomendable en la revista 'Letras Libres', Revel era una figura comparable a Orwell, “un socialdemócrata y un liberal”, que si acaso se acercó “al anarquismo”. Creo que, como tantos anticomunistas de su época, Revel estaba más fascinado por la nueva derecha de lo que trasluce la interpretación de Vargas Llosa, pero aun así es cierto que encarnaba una figura que la izquierda nunca ha acabado de entender: la de quien es, al mismo tiempo, muy anticomunista pero no por ello muy de derechas.
Não dá para discutir nazismo, meninada.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
O espetáculo de ignorância proporcionado no canal Flow foi deprimente. Monark não é nazista. É mais um jovem brasileiro ignorante que acha que tudo pode virar “debate”. Ao defender a difusão de ideias nazistas, ele dá pretexto a gente autoritária que quer matar a liberdade de expressão. Mario Sabino para O Antagonista: