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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Conselho de Direitos Humanos da ONU debaterá guerra na Ucrânia

 


Proposta foi aprovada por 29 votos, inclusive do Brasil


Tribuna da Bahia, Salvador
28/02/2022 14:51 | Atualizado há 5 horas e 40 minutos

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Foto: Reuters / Denis Balibouse / Direitos Reservados

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (28) a realização de debate sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. A sessão ocorrerá na próxima quinta-feira (3) em Genebra (Suíça).

Pedida pela delegação ucraniana, a realização do debate foi aprovada por 29 votos favoráveis, cinco contrários e 13 abstenções. O Brasil votou a favor da proposta. Entre os votos contrários,estão Rússia, China e Cuba.

Em discurso, a alta comissária para Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, pediu que “os direitos e as aspirações da população mundial sejam colocados no centro” dos debates. Segundo ela, não existem vencedores nem perdedores na situação atual, e os confrontos estão criando “necessidades humanitárias em uma escala que ultrapassa a capacidade existente de fornecer assistência”.

Bachelet lembrou que a Carta da ONU precisa ser respeitada e pediu que o Conselho de Direitos Humanos faça mais para prevenir conflitos e crises. Ela pediu ainda que os países-membros superem a polarização, discutam diferenças e unam-se para o avanço dos direitos fundamentais de todos os seres humanos.

O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, enviou mensagem destacando que os direitos humanos estão sob ataque em todo o planeta, com “autocracias em ascensão” e “populismo, nativismo, racismo e extremismo minando sociedades. Guterres iria à sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, mas cancelou a viagem por causa do agravamento do conflito na Ucrânia.

O secretário fez um apelo para a retomada do diálogo e garantiu que as agências humanitárias da ONU aumentarão as operações na Ucrânia. Guterres citou outras crises atuais, como a pandemia de covid-19, as divisões digitais, a desinformação e os ataques cibernéticos, a crise climática e os conflitos em vários países, como Afeganistão e Mianmar.

Fonte: Agência Brasil

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