MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 31 de outubro de 2016


Cármen Lúcia vai destruir Renan com calma e tranquilidade, podem apostar


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Temer e Renan riam, mas Cármen Lúcia não esboçou um sorriso
Carlos Newton
Bem, a eleição municipal terminou, os vitoriosos agora vão se defrontar com a realidade da crise das administrações públicas, pois foram eleitos exatamente para gerir imensas massas falidas, devido à irresponsabilidade congênita dos políticos brasileiros, que não se envergonham de fazer dívidas colossais para que seus sucessores encontrem uma forma de mantê-las sob controle, já que não será possível pagá-las ou sequer diminuí-las. Aliás, somente Freud pode explicar por que os políticos lutam com tanto empenho para administrar massas falidas.
Enquanto começa a transição e os futuros prefeitos enfim tomam consciência dos gravíssimos problemas que terão pela frente, em Brasília o foco da política inevitavelmente se voltará para a gravíssima crise institucional entre os três Poderes da República, que ainda está longe de ser superada.
PANOS QUENTES – Depois de dar uma força enorme a Renan Calheiros, que ofendeu ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, chamando-o de “chefete de Polícia”, e também ao juiz Vallisney Oliveira, considerando-o um “juizote de primeira instância”, o ministro Gilmar Mendes resolveu colocar panos quentes e disse neste domingo que já está superada a tensão entre Renan e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, que na semana passada respondeu duramente à ofensa ao magistrado federal.
Embora Renan tenha telefonado para pedir desculpas, o episódio não foi resolvido e a tendência é de agravamento. Na reunião convocada sexta-feira pelo presidente Temer para apaziguar a situação, a ministra Cármen Lúcia até suportou a presença de Renan, mas não esboçou um só sorriso. Manteve a seriedade e a severidade o tempo todo. Como diria Chico Anysio, a vingança dela será maligna.
LINHA SUCESSÓRIA – A ministra Cármen Lúcia vai destruir Renan Calheiros com calma e tranquilidade. E até já deu o primeiro passo para prestar esse incomensurável serviço à nação, ao marcar para quinta-feira o julgamento da ação para impedir que réus de processos criminais possam estar na linha sucessória da Presidência da República, como é justamente o caso de Renan, como presidente do Senado. O parlamentar alagoano já responde a 12 inquéritos no Supremo, mas ainda não é réu em nenhum deles.
Portanto, o segundo passo de Cármen Lúcia será pautar o julgamento da denúncia contra Renan devido à pensão alimentícia paga à filha dele pela empreiteira Mendes Júnior, um caso escabroso que envolve também a emissão de notas fiscais frias. O inquérito rola desde 2007, está prestes a prescrever, e somente uma ministra como Cármen Lúcia teria coragem de colocá-lo em votação. Se Renan se tornar réu, automaticamente o Supremo terá de suspender seu mandato, como recentemente ocorreu com Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
UM NOVO CUNHA – Renan luta desesperadamente para se livrar da Justiça e conta com apoio dos caciques do PMDB, além do próprio presidente Michel Temer. Mas isso não vai adiantar nada. No fundo, Renan sabe já que se tornou o novo Eduardo Cunha e sua derrocada é somente questão de tempo.
O destino dele está nas mãos de Cármen Lúcia. Ou a presidente do Supremo cumpre o dever funcional e consagra sua biografia, ou cairá na vala comum de tantos outros magistrados sem caráter e sem dignidade, que acabaram se curvando aos detentores do poder.  Eis a questão, diria Hamlet. Pessoalmente,  apostos todas as fichas na honorabilidade de Cármen Lúcia.
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Tucanos vencem em sete capitais, enquanto o PT perde as eleições e despenca


Charge do Thomate, reproduzida do Arquivo Yahoo
Bernardo Mello e Gabriel Cariello
O Globo
A conclusão da disputa eleitoral nas grandes cidades brasileiras confirmou o roteiro que havia começado a se desenhar no primeiro turno das eleições municipais, no início do mês. Dos 57 municípios que tiveram segundo turno, neste domingo, o PSDB saiu vitorioso em 14 — o que garante aos tucanos uma influência recorde na história recente do país. O partido terá um eleitorado governado de 34 milhões de eleitores, um em cada quatro no país — maior índice na série histórica analisada pelo Globo, desde 2004. O recorde anterior pertencia ao PMDB, que somava 28 milhões de eleitores com suas vitórias no pleito de 2008. Para analistas políticos, o resultado fortalece a posição do PSDB para as eleições estaduais e presidenciais, em 2018.
Já o PMDB do presidente Michel Temer manteve, neste domingo, uma de suas principais características, segundo os analistas: a capilaridade. O partido conquistou nove prefeituras no segundo turno e vai administrar 1.038 municípios, número maior do que qualquer outra sigla. O PSDB vai administrar 803. Em terceiro, o PSD estará à frente de 540.
PMDB EM QUEDA – No entanto, a influência do PMDB sobre o eleitorado continua em queda. Depois do recorde em 2008, os peemedebistas governarão, agora, cidades cujos colégios eleitorais somam 20,9 milhões de votantes. O número corresponde a pouco mais da metade dos tucanos, seu principal aliado no governo federal.
Tucanos e peemedebistas ampliaram, ainda, suas prefeituras nas cidades com mais de 200 mil eleitores. O PSDB saltou de 15 para 28 municípios; o PMDB, de nove para 14.
— Enquanto o PMDB fica mais ou menos estável, e agora concentrado principalmente em pequenos e médios municípios, o PSDB cresce amparado pelo seu desempenho nas grandes cidades, onde foi muito vitorioso — aponta o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio. — No caso do PMDB, ter um grande número de prefeituras é importante para as eleições legislativas em 2018, que exigem muitas bases eleitorais. Já a conquista das grandes cidades, para o PSDB, faz a diferença para lançar candidatos aos governos estaduais e à Presidência. Qualitativamente, foi um resultado melhor para os tucanos do que para os peemedebistas.
PT DESABOU
A maior queda foi do PT. O partido dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff perdeu 15 grandes cidades. Neste domingo, os petistas saíram derrotados em todas as suas sete disputas de segundo turno. Com isso, saem do pleito deste ano no comando de apenas um dos 92 municípios com mais de 200 mil eleitores: Rio Branco, a capital do Acre, onde o atual prefeito, Marcus Alexandre, havia sido reeleito no dia 2.
O PT, que chegou a ter 27 milhões de eleitores governados há quatro anos, agora vê sua influência direta reduzida a cerca 4 milhões.
— A derrota do PT foi muito grande. O partido perdeu muita densidade. As prefeituras para qual conseguiu eleger em todo o país são de menor dinâmica populacional e econômica. É possível afirmar que o PT foi reduzido ao tamanho pré-2002. Como ele vai reagir? Não sabemos — avalia o cientista político Paulo Baía, da UFRJ.
NANICOS EM ALTA – Enquanto o PT perdeu força, partidos nanicos conseguiram acesso inédito ao “clube” das grandes cidades. O resultado do segundo turno confirmou que 21 siglas vão administrar estes 92 municípios. Em 2012, eram 16 partidos. Ao todo, 13 partidos conquistaram prefeituras nas 26 capitais brasileiras.
E os novatos conquistaram colégios eleitorais importantes. Com a vitória de Alexandre Kalil em Belo Horizonte, o PHS governará para mais de 2 milhões de eleitores. Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, derrotou o candidato tucano João Leite, ex-goleiro do clube mineiro e apoiado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Já o PMN, de Rafael Greca, conseguiu uma vitória significativa em Curitiba, cidade de 1,2 milhão de eleitores. Greca derrotou Ney Leprevost (PSD) no segundo turno curitibano.
O avanço mais significativo neste contexto aconteceu com o PRB — a legenda venceu em Caxias do Sul, com Daniel Guerra, e no Rio, com Marcelo Crivella. É a primeira vez que o partido vai governar uma capital. Os resultados fazem com que a sigla, cuja fundação está ligada a bispos licenciados da Igreja Universal, tenha o mesmo patamar do PMDB em eleitorado governado nas grandes cidades brasileiras: ambos terão influência sobre 5,1 milhões de eleitores.
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Votos inválidos “venceram” as eleições no Rio, em BH e em outras oito capitais


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Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Deu no Correio Braziliense
No primeiro turno das eleições, a soma de votos brancos, nulos e abstenções superaram o número de votos do primeiro colocado em nove capitais. No segundo turno, a situação se repetiu (mesmo com o menor número de candidatos) em três capitais. No pleito deste domingo (30), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS) tiveram mais votos inválidos que o primeiro colocado.
No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) teve o total de 1.700.030 votos (59,36% dos votos válidos). A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 2.034.352 votos. Chamou atenção o número de ausentes (26,85% do total do eleitorado) nas eleições. Entre os que votaram, mais de 20% anularam o voto.
OUTROS EXEMPLOS – Na capital gaúcha, Nelson Marchezan Júnior (PSDB) teve 402.165 votos. A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 433.751 votos. Porto Alegre teve abstenção de 25,26% dos eleitores e cerca de 19% de votos brancos e nulos.
Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) teve 628.050 votos. A soma entre brancos, nulos e abstenções foi de 642.050 votos. Na capital mineira, a soma de nulos e brancos entre os que votaram também foi maior do que 20%. Porém, o índice de abstenções foi menor do que Rio e Porto Alegre: 22,77% do eleitorado total.

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Lula e Dilma deram o mau exemplo dos derrotados nas eleições


Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Valdo Cruz
Folha
Talvez nada simbolize melhor a situação dos derrotados nesta eleição municipal de 2016 do que a decisão dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de não votarem no segundo turno. O primeiro, pela idade, não precisava ir. A segunda justificou a ausência. Numa eleição de elevada abstenção, uma forma de protesto e desencanto do eleitor com a política, os dois petistas deram um mau exemplo. Deles esperava-se o contrário, o de mostrar a importância de uma eleição. Decidiram desprestigiá-la.
Os dois têm lá seus motivos para não terem comparecido às suas seções eleitorais em São Bernardo do Campo e Porto Alegre. Seus candidatos ficaram de fora do segundo turno. Mas isso não seria, com certeza, o que eles defenderiam se ainda estivessem no comando do país.
PSDB COMEMORA – Enquanto o PT de Lula e Dilma sai como o grande derrotado da eleição municipal, o PSDB, que perdeu a eleição presidencial para a petista, desponta com o principal vitorioso.
No ninho tucano, o segundo turno reforçou a posição de Geraldo Alckmin. Ele elegeu João Doria no primeiro turno em São Paulo e derrotou o PT no Grande ABC, berço político do Partido dos Trabalhadores.
Já seu principal opositor dentro do PSDB amargou nova derrota. Aécio Neves não elegeu seu candidato, João Leite, prefeito de Belo Horizonte. Para quem era considerado imbatível no seu Estado natal, o novo revés não ajuda nem um pouco.
ALCKMIN VITORIOSO – Daí que, hoje, Alckmin ganha pontos na disputa interna para ser o candidato tucano a presidente em 2018. Em situação privilegiada. O PSDB seguirá na aliança de Temer, apoiando medidas até impopulares, mas poderá desembarcar lá na frente.
Já o presidente Temer não tem do que reclamar. Seus aliados ganharam a eleição. O que pode ajudar nas votações de suas medidas no Congresso. Se reverter a crise econômica, pode até ser o que diz que não será, candidato. Mas temos de esperar a Lava Jato, que tudo pode mudar.
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O estranho resumo da opera nas eleições dos EUA


Escolher entre Trump e Hillary é uma opção desalentadora
Ruy Castro
Folha
Bob Dylan foi o 385º Nobel ganho pelos EUA desde a instituição do prêmio, em 1901. Os EUA são, disparados, o país que mais levou o Nobel, mais do que os conquistados pelos cinco países seguintes —Reino Unido, Alemanha, França, Suécia e Rússia— somados. Claro que, se até Bob Dylan já ganhou um Nobel, pode haver outros americanos duvidosos nas demais categorias. Mas é inútil. Eles são tantos, em física, química, medicina, literatura, economia e até no da paz, que, na maioria dos casos, o Nobel deve ter acertado.
E não é só no Nobel que os americanos exorbitam. Segundo um ranking respeitável, 13 das 15 melhores universidades do mundo estão hoje nos EUA – as outras duas, Oxford e Cambridge, na Inglaterra, são a sexta e a sétima. A primeira, Harvard, em Massachusetts, foi fundada em 1636, quando os EUA, ainda colônia, eram habitados quase que exclusivamente por búfalos.
É DURO COMPETIR – Na área das invenções em qualquer departamento, é duro competir com eles. De 1830 para cá, metade do que se apresentou de importante no mundo saiu dos americanos —do alfinete de fralda às impressoras rotativas, a metralhadora, a calça jeans, a gilete, o arranha-céu, a reportagem, o e-mail, o mouse, o touch screen. Uma ideia levava à outra: o mesmo sujeito que inventou o chicletes, Thomas Adams, inventou a máquina para vendê-lo, bastando enfiar uma moeda. O inventor da cadeira elétrica foi um dentista, Alfred Southwick, que teve um cliente eletrocutado por acidente em sua cadeira no consultório. E por aí vai. O que eles não inventaram, como a lâmpada elétrica, o cinema e o avião, apoderaram-se.
Sem falar no que devemos a seus humanistas, juristas, médicos, atletas, músicos, filantropos.

O incrível é tudo isso ter acontecido para, de repente, a vida se resumir a Hillary Clinton vs. Donald Trump.
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Agiotagem desenfreada eleva juros do cartão de crédito a quase 500% ao ano


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Charge do Dorinho, reprodução do Jornal Propmark
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo voltaram a subir em setembro deste ano, quando atingiram o patamar de 480,3% ao ano, novo recorde da série histórica do Banco Central, que tem início em março de 2011. Em agosto, estavam em 475% ao ano. O mesmo aconteceu com os juros bancários cobrados no cheque especial, que subiram 3,8 pontos percentuais em setembro deste ano, para 324,9% ao ano – novo recorde da série histórica, que neste caso começa  em julho de 1994. Em agosto a taxa do cheque especial estava em 321,1% ao ano.
SUBINDO SEM PARAR – No acumulado de 2016, os juros do cartão de crédito rotativo subiram 48,9 pontos percentuais – estavam em 431,4% ao ano no fechamento de 2015. Já a taxa cobrada nas operações com cheque especial avançou 37,9 pontos percentuais em 2016, pois somavam 287% ao ano no fim de 2015.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito rotativo estão entre os mais altos do mercado. Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto de tempo. No caso do cartão de crédito, a recomendação dos economistas é que os clientes bancários paguem toda a fatura no vencimento para não deixar saldo devedor e evitar pagar juros.
REDUÇÃO DA SELIC – O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que, com o início do processo de corte dos juros básicos da economia, por parte da autoridade monetária, a expectativa é de que isso tenha impacto nos juros cobrados pelos bancos, mas não soube dizer quando as taxas podem ser reduzidas. Neste mês, o BC baixou a taxa básica da economia de 14,25% para 14% ao ano no que foi o primeiro corte dos juros em quatro anos.
“A gente espera que movimentos da taxa básica sejam vistos nas taxas ativas [dos bancos]. Se você olhar em outros momentos, não tem uma coisa muito clara em quantos meses isso demora [para ser repassado pelos bancos às suas taxas]. Em alguns momentos, tem até antecipação nas taxas bancárias. Não se espera uma defasagem muito longa. Se reduz o custo de captação, isso contribui para redução de todas as taxas de juros”, declarou ele.
CONSIGNADO SOBE MENOS – No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 135,1% ao ano em setembro, contra 132,3% em agosto. Nesse caso, houve uma alta de 2,8 pontos percentuais em setembro, e no ano ocorreu um aumento de 17,4 pontos percentuais.
Ainda segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) somou 29,3% ao ano em setembro – o que representa estabilidade em relação a agosto. No ano, a taxa para o consignado subiu 0,5 ponto percentual e, em doze meses, houve um aumento de 1,7 ponto percentual. A recomendação dos economistas é de que os correntistas substituam, se possível, os empréstimos do cartão de crédito e do cheque especial pelo crédito consignado.
Segundo o BC, a taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 26,1% ao ano em setembro – com queda de 0,1 ponto percentual em relação a agosto deste ano. Na parcial de 2016, essa taxa subiu 0,1 ponto percentual.
“SENTIR VERGONHA” – Reportagem publicada pelo jornal norte-americano “The New York Times”, no fim de 2014, informou que os juros praticados em algumas linhas de crédito no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”, citando os cartões de crédito.
Estudo da consultoria Economática, divulgado em março de 2016, informa que a mediana da Rentabilidade sobre o Patrimônio (ROE) de todos os bancos brasileiros de capital aberto no ano de 2015 foi de 10,78%, contra 7,92% dos bancos dos Estados Unidos.
Quando se considera apenas os bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões (Itau-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander), a média da rentabilidade sobre o patrimônio dos bancos brasileiros foi maior ainda: de 20,06% em 2015.
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Com apoio entusiástico de Temer e Maia, a anistia ao caixa dois vem a galope


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Charge do Miguel (Jornal do Comercio/PE)
Bernardo Mello Franco
Folha
Enquanto a torcida se distrai com as eleições municipais, os deputados articulam uma nova jogada na Câmara. O plano é driblar o Ministério Público e aprovar uma anistia geral ao caixa dois. Se der certo, será um gol de placa do sistema político ameaçado pela Lava Jato. A ideia é ousada: usar um pacote moralizador para legalizar o financiamento ilegal de campanhas. Os parlamentares prometem aprovar a criminalização do caixa dois, uma das chamadas dez medidas contra a corrupção. Parece boa notícia, mas há um detalhe. Ao proibir o trambique no futuro, a Câmara quer perdoar quem o praticou no passado.
O lance já foi ensaiado em setembro. A bola não entrou graças a deputados da Rede e do PSOL, que se insurgiram contra o acordo fechado pelos grandes partidos. Agora a anistia ameaça voltar a galope. O motivo da pressa é a delação da Odebrecht, que deve entregar mais de 200 políticos de todas as siglas.
TEMER E MAIA – O novo acordão para “estancar a sangria” tem o aval do governo Temer e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Na quarta-feira, dia 26, ele repetiu uma tese dos réus do mensalão: caixa dois e corrupção seriam “coisas distintas”, sem ligação entre si.
Em entrevista a Mario Sergio Conti, na Globo News, o deputado indicou que apoia o perdão ao financiamento irregular das eleições passadas. “Nós temos que dar um corte e dizer que daqui para a frente está criminalizado”, disse, apesar de a lei já prever punições ao caixa dois.
Questionado se estava defendendo uma anistia a criminosos, Maia abriu o jogo: “Alguma solução vai ter que ser dada. Eu acho que anistia é uma palavra forte”. De falta de transparência, não poderemos acusá-lo.

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Eduardo Cunha pedirá delação em troca de exclusão da mulher e dos filhos


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Futuro de Danielle e Felipe depende da delação do pai
Paulo Celso Pereira e Jailton de Carvalho
O Globo

As investigações da Operação Lava-Jato sobre supostos crimes do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passaram agora a atingir mais um filho do deputado: Felipe Dytz da Cunha. O Ministério Público Federal apura se Felipe e a irmã Danielle Dytz da Cunha, ambos filhos do primeiro casamento do ex-deputado, cometeram atos de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema montado pelo pai.
A força-tarefa de Curitiba passou a investigá-los depois de descobrir que a GDAV, empresa em nome de Felipe e Danielle, recebeu R$ 1 milhão da Gol Linhas Aéreas entre 2012 e 2015. Os recursos foram intermediados pela agência Almap Publicidade e Comunicação, conforme documentos que deram base ao pedido de prisão de Cunha, apresentado pelo Ministério Público. No mesmo período, empresas vinculadas ao grupo Gol Linhas Aéreas repassaram mais de R$ 2 milhões a Jesus.com e C3 Atividades de Internet, empresas em nome de Cunha, Danielle e Cláudia Cruz, atual mulher do ex-parlamentar.
CUNHA ALARMADO – Até ser preso, na semana passada, Cunha deixava claro que estava preocupado com os avanços da Lava-Jato, mas o que mais queria era preservar a mulher e os filhos. Os laços financeiros dele com a mulher Cláudia Cruz já estavam em investigação avançada. Mas a descoberta das movimentações nas contas dos filhos o deixou alarmado na prisão.
Danielle já vinha sendo investigada pelo uso de um cartão de crédito lastreado em um das trusts de Cunha, mas seus advogados avaliavam que ela poderia não ser denunciada, pois havia recebido o cartão como filha e não tinha qualquer responsabilidade pelas movimentações financeiras do pai. Agora, a situação é diferente.
A avaliação de Cunha é que, ao contrário do que ocorreu quando surgiram as primeiras denúncias contra Danielle, agora será difícil convencer o Judiciário de que ela e Felipe — maiores de idade e sócios da empresa — não tinham conhecimento de que a empresa deles estava sendo usada para lavagem de dinheiro, fruto de atividades ilegais.
SEM PRESTAR SERVIÇOS – No pedido para a prisão realizada na semana passada, os procuradores do caso informam que não há qualquer indício de que a GDAV e a Jesus.com “tenham prestado algum serviço efetivo de publicidade compatível com os valores repassados” às duas empresas. A descoberta deve levar para o centro das investigações também os donos da Gol Linhas Aéreas. Eles deverão ser chamados para explicar os repasses a Cunha e aos filhos do ex-deputado.
Os procuradores suspeitam que os pagamentos seriam parte de suposta propina da Gol para Cunha no período em que ele era um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional.

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Agenda revela que Palocci e Marcelo Odebrecht se reuniram 27 vezes, pelo menos


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Charge do Humberto (Arquivo Google)
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)
A força-tarefa da Operação Lava-Jato constatou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) reuniu-se pelo menos 27 vezes com o empreiteiro Marcelo Odebrecht. A informação consta da denúncia criminal da Procuradoria da República contra Palocci, Odebrecht e mais 13 investigados na Operação Omertà, 35.º desdobramento da Lava-Jato. Os investigadores descobriram a rotina de encontros entre Palocci e Odebrecht analisando a agenda pessoal do empreiteiro.
“Tais reuniões ocorreram em datas próximas aos períodos em que observada a solicitação de interferência de Antonio Palocci em altas decisões do Governo Federal”, assinala a Procuradoria. Palocci foi preso na Omertà em 26 de setembro. Odebrecht está preso desde 19 de junho de 2015 – condenado a 19 anos de reclusão no esquema de propinas na Petrobras, e agora tenta encurtar sua permanência no cárcere da Lava Jato oferecendo delação premiada. Palocci foi preso em 26 de setembro.
OPERADOR DO PT – Os investigadores da Omertà sustentam que Palocci captou pelo menos R$ 128 milhões da Odebrecht e destinou parte desse valor ao PT, seu partido. O ex-ministro foi denunciado formalmente por corrupção e lavagem de dinheiro. Para o Ministério Público Federal, a constatação sobre os encontros sucessivos entre Palocci e Odebrecht reforça o vínculo entre o ex-ministro e o empresário.
“Relevante ainda referir que tais reuniões ocorreram, em sua maioria, ou no escritório de Antonio Palocci ou nas residências dele ou de Marcelo Odebrecht, deixando evidente o intuito de que os encontros ocorressem em ambiente privado, com controle de acesso e sem o conhecimento de terceiros”, assinalam os procuradores que subscrevem a denúncia criminal.
A investigação mostra que outros executivos ligados à Odebrecht participavam das reuniões de Palocci e o empreiteiro. Os procuradores que acusam Palocci, Odebrecht e mais treze alvos da Omertà analisaram correspondências eletrônicas.
OUTRAS REUNIÕES – “Já não fosse esse número de reuniões bastante significativo a demonstrar o vínculo espúrio entre o ex-ministro e os empresários, cabe ainda destacar que as reuniões com Antonio Palocci, também com propósitos ilícitos, eram, em algumas vezes, realizadas por outros executivos do grupo, como por exemplo, Alexandrino Alencar, conforme elucidado em um e-mail, o que revela que os encontros foram ainda mais intensos do que o documentado na agenda de Marcelo Odebrecht.”
Os procuradores anotam que o próprio Palocci admitiu não ter firmado, “em tempo algum, contrato de consultoria com a Odebrecht ou com sua empresa, a Projeto Consultoria”.
“Desta forma, não há qualquer razão minimamente lícita para que Antonio Palocci atuasse em favor dos interesses da Odebrecht e para que fossem realizadas as tratativas e acertos de contrapartidas efetivamente estabelecidas entre ele e os executivos do Grupo”, ressaltam os procuradores da força-tarefa, acrescentando: “Da mesma forma, se não havia qualquer relação comercial lícita, não há qualquer motivo regular para que fossem realizados tantos encontros e discutidos temas tão intimamente ligados às decisões da alta administração federal.”
ATUAÇÃO ILÍCITA – Segundo a denúncia no âmbito da Operação Omertà, entregue ao juiz federal Sérgio Moro, valores vultosos eram destinados ao PT. “Neste cenário, tendo em vista que a atuação ilícita de Antonio Palocci em favor dos interesses da Odebrecht se deu de forma reiterada e duradoura e que o ex-parlamentar, durante o período de 2006 a 2015, se colocou efetivamente à disposição da empreiteira para solucionar as mais diversas questões de interesse da empresa, os valores de contrapartida ilícita contabilizados em seu favor se acumularam e se avolumaram com o passar do tempo.”
Os procuradores atribuem a Palocci o papel de “gestor de conta paralela” da propina da empreiteira. “Conforme os créditos ilícitos decorrentes da atuação ilícita de Antonio Palocci fossem sendo reconhecidos e gerados no âmbito da Odebrecht, Marcelo Odebrecht determinava que os valores fossem contabilizados internamente (na empreiteira), a fim de que fossem futuramente empregados para o pagamento de despesas do Partido dos Trabalhadores, conforme orientação de Antonio Palocci, o gestor de tal conta paralela. Da mesma forma, conforme os valores fossem sendo entregues, o saldo era deduzido, atualizando-se a planilha.”
REAÇÃO DA DEFESA – O advogado José Roberto Batochio, que defende Antonio Palocci, reagiu com indignação à denúncia do Ministério Público Federal. “É uma acusação monstruosa, absolutamente divorciada de qualquer elemento indiciário arrecadado nos autos.” De acordo com ele, o único elemento considerado pela denúncia é um “papelucho tratado como ‘planilha’ sob a rubrica de ‘Italiano'”. “Os acusadores já apontaram esse ‘Italiano’ como sendo Fernando Migliáccio, depois Guido Mantega, depois um engenheiro italiano e, agora, na quarta tentativa, querem atribuir este apelido a Palocci”, destacou. “”Puro artificialismo. O que temos é um apelido em busca de um personagem. Demonstrado que ‘Italiano’ não é Palocci, quem será a quinta vítima?”, indagou.
Batochio afirmou que nem tomou conhecimento da denúncia, mas que esperava que, diante da “anemia do inquérito (da Polícia Federal), o Ministério Público Federal o arquivasse”. “Aliás, a Polícia Federal não encontrou sequer suspeita de lavagem de dinheiro, conforme o seu relatório, mas o Ministério Público Federal, mais realista que o rei, resolveu criar mais esta acusação”, salientou.

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Gilmar Mendes enfim admite que o foro privilegiado precisa de alterações


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Charge do Benett, reprodução da Folha
Eduardo Militão
Correio Braziliense
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou, na tarde de domingo, que o modelo do foro privilegiado para políticos não atende mais à realidade brasileira. Segundo ele, é preciso encontrar uma nova fórmula. “Esse modelo…  ele foi pensado, não foi para resolver um máxime de casos”, disse o ministro ao Correio ao chegar ao TSE, em Brasília, para acompanhar a apuração do segundo turno das eleições municipais. “É para uma situação ou outra. Quando você tem um terço, às vezes quase metade do Congresso ou investigado ou denunciado, realmente o tribunal não tem condições de dar resposta adequada.”
Segundo ele, o foro privilegiado “vai ter que ser discutido porque não é uma solução fácil”. “Ao mesmo tempo em que o Supremo está sobrecarregado, você tem que levar em conta que passar essa competência para o juiz de primeiro grau também vai ser um estresse.”
CRIMINALIZAÇÃO ENDÊMICA – No Rio de Janeiro, onde acompanhou as votações mais cedo, Gilmar Mendes também citou a sobrecarga de trabalho do tribunal. “O Supremo Tribunal Federal (STF) não tem capacidade de dar a resposta a tantas denúncias, porque houve uma criminalização endêmica (de políticos)”, afirmou ele, de acordo com a Agência Estado.
O foro privilegiado permite que políticos e uma série de autoridades — cerca de 22 mil no Brasil — só sejam julgados criminalmente em tribunais superiores. No STF, ficam os processos contra o presidente da República, parlamentares, ministros de Estado e de tribunais superiores.

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ANA JÚLIA, A MENINA SAÍDA DE UM MOLDE

por Percival Puggina. Artigo publicado em

 Assisti ao vídeo em que essa menina, falando aos deputados estaduais do Paraná, discorre sobre os motivos das atuais invasões. Seu discurso é a síntese do que ensinam os fazedores de cabeça. Obviamente, ela não acessa o meu ou qualquer dos blogs que defendem ideias conservadoras ou liberais. Sua relação com o contraditório se exerce pela mera aplicação de rótulos. Os adjetivos que dispara - golpista, fascista, machista, homofóbico, racista - abastecem seu vocabulário como os únicos cabíveis a quem diverge do que lhe foi ensinado.
 Ela diz que não a doutrinaram e que essa acusação é um "insulto". De fato, ela não foi doutrinada, mas não pelas razões que afirma. O que fizeram com ela foi ocultação do contraditório e escamoteação de outros pontos de vista, como observou Olavo de Carvalho ao discorrer sobre o muito conhecimento e tempo necessários a uma efetiva doutrinação. Isso fica claro quando Ana Júlia fala emocionada sobre o quanto aprende a respeito do Brasil e da política nos dias de invasão. Ora, durante esse período supostamente pedagógico ela convive somente com outros invasores e com os professores que os pastoreiam. Participa, pois, de um desses eventos dos quais companheiros e camaradas emergem com fulgores de profetas que ouviram a voz do Senhor. Mas é apenas a própria voz que escutam.
 A luz dessa sabedoria não remove escamas dos olhos. Por isso, a mocinha afirma que a "escola pertence aos estudantes" e daí deduz, sem esclarecer a relação entre causa e efeito, que o grupo ao qual pertence pode destituir dessa alegada posse todos os que pensam diferente e querem aula. E quem não entendeu algo tão obscuro é homofóbico, machista, fascista, bobo e feio. Ora, nem a escola é dos alunos, dado que pertence à comunidade, nem pode, qualquer fração ou facção dispor dela como bem quiser. Pretender que assim seja, para usar uma palavra da qual a oradora usa e abusa, insulta a Constituição e a inteligência de quem a ouve.
Li que o pai da adolescente seria vinculado ao PT. Ele tem todo direito de orientar sua filha como quiser, embora esse direito não prescinda de uma conduta respeitosa em relação à liberdade dela. Já à sua escola e aos seus professores não é dado esse direito! Vem daí a Escola sem Partido. O discurso da mocinha reforça a necessidade do projeto. Ela quer escola com partido, para reproduzir o que aprendeu. Essa é uma escola que permite ser capturada, que fecha suas portas aos demais alunos, professores e famílias, em nome dos objetivos políticos que lhe prescreveram. Nem mesmo uma eleição de segundo turno para prefeito será mais relevante e democrática que a tomada do prédio por seu aparelhinho pedagógico.
O jornalista Alexandre Garcia, em recente comentário, sugeriu que cada invasor de escola indicasse, em redação de 20 linhas, suas reivindicações. Pois é, seria bom mesmo ler esses textos. Sucessivos exames do ENEM e indicadores internacionais têm mostrado o rés do chão por onde se arrastam as redações de nossos estudantes. Dezenas de milhares de professores têm testemunhos a dar sobre o desinteresse e a indisciplina dos alunos, mais dedicados a gozar o presente do que a construir o futuro. Empenhados em bagunçar a escola e a aula para, supostamente, dar um jeito o mundo. Ademais, tais redações iriam revelar o caráter orquestrado e unitário dessas invasões.
O discurso, que já conta 400 mil acessos no YouTube, é a voz de todos os invasores. A menina parece, como tantos outros, saída de um molde. Crê que a discordância autoriza a grosseria e a causa justifica a desonestidade intelectual. Permite-se - suprema desfaçatez - jogar no colo dos deputados o cadáver do estudante morto a facadas por um colega, após uso de drogas, no interior de uma escola ocupada! "Suas mãos estão sujas de sangue", esguichou ela sobre os parlamentares, como se fizesse acusação plausível e não promovesse evidente transferência de responsabilidades.
A simpatia pela militantezinha e sua causa, expressa em veículos de comunicação, é - para falar como ela - um insulto ao público. Quem disse que a tolerância é sempre virtuosa?
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* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Lava-Jato:

 Depois do triplex e da Ilha, eis que surge uma mansão em Punta Del Este

A NOVA PROPRIEDADE – “QUE NÃO É DE LULA” – É UMA LUXUOSA MANSÃO NUM DOS LUGARES MAIS VALORIZADOS DO URUGUAI.

Uma mansão erguida em uma área luxuosa de Punta Del Este, no Uruguai, em nome de Alexandre Grendene Bertelle, pertenceria, na realidade, ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Grendene fabrica as sandálias Rider, concorrente das Havaianas. Ele comprou uma indústria do setor mediante empréstimo especial obtido junto ao BNDES quando Lula era presidente.
A informação é da revista IstoÉ, que chegou às bancas neste fim de semana. A força tarefa da Lava Jato está investigando o caso. Procuradores já estiveram inclusive no país vizinho em busca de detalhes, informa a publicação. A origem do imóvel é tão suspeita como o tríplex no Guarujá, o sítio em Atibaia e uma cobertura em São Bernardo do Campo.
“No modus operandi tradicional, os imóveis ficam registrados em nome de empresários amigos. Em troca de benesses e tráfico de influência no governo ou fora do País, Lula se transforma no dono real desses imóveis, com poder para deles usufruir quando bem entender, determinar quem entra e sai e até mesmo promover caríssimas reformas, mesmo que oficialmente as propriedades não figurem em seu nome”, afirma a revista.
A mansão em Punta Del Este seria propriedade de uma offshore ligada a Grendene Bertelle, um dos donos da indústria de calçados Grendene. No Uruguai, revela IstoÉ, o empresário é proprietário de um sem-número de casarões – entre os quais uma suntuosa casa na rua paralela à do imóvel suspeito de ter ligações com Lula – e sócio de empreendimentos bem-sucedidos como o Hotel e Cassino Conrad. (Com: Notibras)

Quem será o próximo – Cristian Margiotti


A Folha de São Paulo trouxe, excepcionalmente hoje, um excelente artigo escrito em sua área de debates. Fato tão raro e texto tão necessário fazem com que abramos uma exceção e o republiquemos por aqui na íntegra:

Quem será o próximo

No último dia de sua vida, minha mãe repetiu uma rotina que cumpria três vezes por semana. Acordou, como de costume, às 6h da manhã e, por volta das 6h30, chegou ao parque municipal onde caminharia. Aos 59 anos, vaidosa e cheia de energia, Tereza adorava cuidar da saúde e das questões espirituais.
Menos de 15 minutos depois, foi abordada por um criminoso que a arrastou até um trecho de mato alto, a amordaçou, amarrou seus pés e mãos com a própria roupa, a agrediu, a estuprou e a esfaqueou até a morte, valendo-se de duas facas.
Como se a barbárie não fosse suficiente, deixou-a desfigurada e arrancou-lhe os olhos. Não vi nem quero ver as fotos que integram o laudo do Instituto Médico Legal. Sei que são chocantes. Prefiro guardar na memória a imagem da última vez em que vi minha mãe, três dias antes do macabro 30 de setembro.
Vivíamos no que, no passado, chamaríamos de típica cidade do interior paulista: pacífica e ordeira, ainda que não tão pequena assim. Localizada a 270 quilômetros da capital, Araraquara tem menos de 150 mil habitantes.
Atualmente, a típica cidade do interior paulista nada tem de diferente da maior parte das cidades brasileiras de qualquer tamanho: estão todas tomadas pelo medo.
Medo causado pela livre circulação de pessoas que não poderiam estar nas ruas, a exemplo do homem que a assassinou, que conta com diversas passagens pela polícia e condenações por tráfico de drogas.
Havia contra ele uma ordem judicial de internação compulsória numa clínica psiquiátrica. O pedido partiu de sua família, que buscava tratamento para seu transtorno mental provocado pelo excesso do uso de drogas. Ele foi recolhido no dia 22 de setembro, mas fugiu três dias depois, sem qualquer dificuldade. A Polícia Militar foi informada da fuga.
O cidadão chegou a atacar duas garotas, que escaparam da tentativa de estupro. Roubou, em seguida, uma bicicleta, foi pego pela Polícia Militar, mas acabou liberado, segundo se sabe, em razão da lei eleitoral -nenhum eleitor pode ser preso, salvo em flagrante ou em cumprimento de sentença criminal, cinco dias antes da eleição.
Todas as autoridades envolvidas nessa sequência de fatos têm uma boa explicação para justificar o que fizeram. Acontece isso sempre. Ninguém nunca tem culpa. Pior, ninguém nunca tem responsabilidade.
Quando foi achado em sua casa, o criminoso estava com as duas facas, seu corpo continha marcas de luta e segurava o celular da minha mãe. Levado à delegacia, foi reconhecido pelas garotas que tentou violentar, horas antes de sacrificar minha mãe.
Todos os dias, 160 brasileiros são assassinados. Isso dá 4.800 homicídios por mês, quase 60 mil óbitos violentos por ano. De cada 10 pessoas mortas no mundo, 1 é brasileira.
Sempre observei esses números como estatísticas que envergonham o país, até chegar a vez de minha mãe. Minha tristeza não seria menor se dona Tereza tivesse morrido ao ser atingida por um raio.
O vazio seria o mesmo, mas não estaria tomado pela revolta que me consome há mais de um mês. O Brasil gasta mais de R$ 200 bilhões por ano em segurança pública, possui quase 700 mil policiais civis e militares, sem contar as guardas municipais. Ainda assim, estamos abandonados à própria sorte.
O Brasil vive um momento de indignação contra a corrupção. A Lava Jato vem promovendo uma faxina, mesmo que setorial, nas relações entre o Estado e o meio empresarial. Isso tudo graças à ação de um grupo restrito de integrantes da polícia, do Ministério Público e de um único juiz. Empresários, intermediários e políticos foram presos.
Com a ajuda do instituto da delação premiada, criminosos de colarinho branco denunciam uns aos outros, ajudando a desbaratar quadrilhas organizadas.
Pode ser uma fantasia minha, mas creio que o Brasil não será a mesma terra de ninguém de antes.
Mas quando conheceremos uma Lava Jato para enfrentar a onda de homicídios que banalizou a vida em nosso país? Quantos ainda precisarão morrer? Agora foi minha mãe, quem será o próximo?
CRISTIAN MARGIOTTI, 41, advogado pós-graduado em direito civil e ambiental, é especializado no setor sucroalcoleiro
"Morte num cavalo pálido", de Gustave Doré
“Morte num cavalo pálido”, de Gustave Doré

Partido chave do Centrão com 42 deputados já namora Alckmin


O Partido da República – resultado da fusão entre o PL e o PRONA – conta com 42 deputados federais e 4 senadores. É, portanto, um dos mais importantes grupos que compõem o Centrão no Congresso Nacional.
Aliado preferencial do petismo, o PR já está em negociação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para apoiá-lo à presidência, em 2018.
Em sua bancada na Câmara, 27 deputados fazem parte da bancada da bala, 16 fazem parte da bancada do boi e 7 fazem parte da bancada da Bíblia. Todos atuam no Centrão.
Na Folha:
Carnê da infelicidade: O comando do PR paulista discutiu com Geraldo Alckmin apoio ao tucano na disputa presidencial de 2018. Com a derrota do PT em SP, dirigentes dizem que a “última parcela com o petismo já foi paga” e que, agora, estão livres.
Papel passado: Um dos caciques afirma que o PR não quer deixar para selar o casamento com Alckmin na véspera da eleição. Pretende definir a sinecura em São Paulo logo depois do segundo turno das disputas municipais.”
Já os projetos presidenciais do DEM e do PSC seguem sem articulação.
Os parlamentares do PSC não se pronunciam no Congresso em defesa da imunidade parlamentar de Jair Bolsonaro e seu caso no STF. Já o DEM parece trabalhar com a perspectiva de eleger Ronaldo Caiado governador de Goiás.
A direita brasileira, hoje, caminha para continuar refém de um presidente progressista.
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Ser comunista é um luxo. Principalmente para os imperiais riquinhos cariocas.


Ricardo Bordin, do blog Por um Brasil sem Populismo, acerta o alvo com a precisão de sempre: 


Diz a sabedoria popular que “cabeça vazia é oficina do diabo” – e o terreno ideal para plantar a erva daninha do “progressismo”, complemento eu. Qual indivíduo seria mais facilmente transformado em idiota útil da Esquerda: o playboyzinho que está tomando cerveja artesanal no Delirium Café em Ipanema, quando deveria estar em uma aula bancada pelos pagadores de impostos, sem horário para acordar no dia seguinte; ou o cidadão que mora no morro, e precisa matinar quase todo santo dia para empreender sua labuta diária em busca do sustento, desviando de criminosos pelo caminho, ansioso pelo dia do descanso sagrado? Este mapa do resultado das eleições municipais no Rio de Janeiro dá uma dica preciosa sobre a solução deste enigma:


Esta notável polarização política entre um candidato representante da Igreja Universal e um legítimo e assumido (até onde as pretensões eleitorais permitiram) socialista, e sua coincidência com determinados níveis de renda per capita da cidade maravilhosa, merecem uma análise mais acurada, portanto. Entender por que as pessoas menos abastadas deram preferência a um bispo da religião que mais cresce no país, em detrimento daquele que, supostamente, fala em nome, justamente, de tais desfavorecidos pelo “sistema capitalista opressor”, é tarefa essencial no esforço contra a disseminação do ideário marxista. Se funcionou no RJ, pode perfeitamente dar certo Brasil afora.

1) “Se Deus quiser, meu filho…”: A frequência com que uma pessoa repete esta expressão costuma guardar relação inversamente proporcional com sua condição financeira. Não á toa, minha mãe, esposa de um motorista de caminhão, que cuidava dos três filhos em casa, seguidamente entoava o mantra. E não era difícil entender o porquê: em meio à inflação, juros e desemprego nas alturas, associada com a violência da vila onde residíamos, dentre outras mazelas sociais comuns naquela região, a fé no transcendente estava sempre na ordem do dia. A oração do anjo da guarda era sua favorita. Ateísmo não costuma proliferar em bairros de periferia. Rezar para o ordenado chegar ao final do mês ou para chegar vivo em casa, ao final da jornada, é prática corriqueira.

Meu pai não contribuía com dízimo, mas alguns de nossos vizinhos, sim. Pagar para continuar tendo esperanças, ao passo que a expansão do Estado pseudo-assistencialista tornava a vida cada dia mais dura, era expediente mais benéfico do que entregar os pontos e render-se aos vícios. É claro que para os moradores do Leblon que apenas visitam os pobres, vez por outra, para gravar documentário glamourizando a favela e produzir filme louvando bandido como vítima – e ganhar ainda mais dinheiro de pagadores de imposto, pela via torta da lei Rouanet – isso não faz muito sentido, por certo.

2) “Deus ajuda quem cedo madruga”: Outra máxima que compõe o repertório da população humilde, ela retrata a necessidade diária de correr atrás da própria subsistência – sim, existe um mundo além do cartão de crédito do papai, galera de Copacabana beach. Portanto, ao contrário do que poderia imaginar o eleitor médio do Freixo, pobre gosta é de capitalismo (bem selvagem, de preferência). Ele quer que muitos empresas sejam inauguradas no município, para que ele não precise engrossar as estatísticas dos desempregados. Quem sabe, dependendo das condições, ele mesmo não inaugure seu próprio negócio – se a regulação estatal permitir, claro.

E sim, pobre reza para arranjar ou manter o seu trabalho, ainda que seja varrer a rua, cortar grama ou lavar louça (quantas novidades hoje, hein, Zona Sul?). Aliás, só quem nunca mesmo executou um trabalho mais modesto (ou algum trabalho, qualquer que seja) pode considerar humilhação desenvolver tais atividades. Meu avô, sapateiro, costumava dizer que “todo trabalho honesto é digno” – e é bem melhor do que ficar dependendo de bolsa-esmola. E como bom comportamento ajuda a assegurar um currículo profissional decente, é óbvio que, ao contrário do filhinho de papai comuna e do sindicalista militante, o pobre trabalhador não pode se dar ao desplante de faltar o serviço para bradar “Fora Temer” em plena quarta-feira à tarde, sob o risco de seus filhos ficarem sem pão. Até porque “Deus dá o pão, mas não amassa a farinha”. Neste contexto, no departamento de RH, o crente que só toma refrigerante e dorme cedo larga na frente do ateu baladeiro maconheiro. Graças a Deus.

3) “Em algum lugar ele vai pagar pelo que fez”: A crença no post-mortem também desempenha importante papel de lenimento da alma. Tomar ciência no noticiário de tanta roubalheira, assistir crimes acontecendo da janela de casa e seguir caminhando, não é tarefa das mais simples. Neste sentido, acreditar que a vida não se resume ao plano físico pode evitar que uma pessoa menos favorecida enlouqueça e jogue tudo para o alto de seu barraco. Segundo consta, aliás, Deus não daria uma cruz mais pesada do que aquela que conseguimos carregar; Deus está vendo tudo; e por aí vai. Ou seja, esta esperança em um estágio posterior de existência pode salvar uma pessoa de entregar-se às drogas e à libertinagem total – o que, por conseguinte, poderia jogá-la na dependência do Estado (o pessoal da cracolândia do Haddad e sua mesada que o digam).

Ademais, se nossa existência, conforme doutrinas espirituais as mais diversas, não está restrita a este corpo humano, não resta motivo para sair “curtindo a vida” por aí como se não houvesse amanhã (já que, contrariamente ao que acreditavam alguns fãs de Renato Russo, para 99% de nós, há um amanhã, sim – e ele vem com contas a pagar). Neste cenário, pode-se vislumbrar uma redução do uso de entorpecentes, de gravidezes precoces indesejadas e abortos. Curtir a experiência carnal de forma descontrolada torna-se, pois, desnecessário nesta conjuntura. E isso é muito salutar para quem não tem a vida ganha, diferentemente da maioria do pessoal que “fecha com Freixo”.

Trocando tudo em miúdos: foi-se o tempo em que o rebanho da Esquerda era composto pelas camadas mais desvalidas de nosso povo. Ele agora reduziu-se a “intelectuais” e artistas engajados, em um processo no qual os pobres, em sua maioria, abriram os olhos, mesmo em meio a tanta dificuldade, e perceberam que “gostar dos pobres” é muito diferente de “gostar da pobreza”, e dela fazer uso eleitoral. E, aparentemente, o pessoal que quer “mudar o mundo” ainda não percebeu que a galera do morro está mais preocupada com saúde e transporte do que com a liberalização das drogas e a ideologia de gênero.

Deduzo, pois, que tanto o fato de o novo prefeito do Rio de Janeiro ser um membro de uma instituição religiosa, quanto a circunstância de que seu rival representava tudo aquilo que mantém os pobres atolados na pobreza indefinidamente (vide a vizinha Venezuela), contribuíram para o resultado das urnas no domingo. E isso, por acaso, significa que os pastores evangélicos vão tomar conta do Brasil? Não creio. Acredito, tão somente, que o eleitor médio do Rio já estava de saco cheio de “progressismo”, e apenas valeu-se que um representante da instituição que costuma ajudá-lo a viver a vida de forma menos padecida era candidato, e votou nele. Crivella possivelmente não teria a vida tão facilitada contra outros políticos que ficaram pelo caminho no 1º turno (por muito pouco, e graças ao “voto inútil” dos Conservadores).

Sempre ouvi de esquerdistas que “os crentes são massa de manobra” de espertalhões de bom papo. Está bastante raso esse exame, viu, companheiros. É mais crível afirmar que as elites econômicas e intelectuais do Brasil é que estão apenas servindo aos propósitos de quem quer ver o Estado intrometendo-se em cada aspecto de nossas vidas e espalhando-se feito um câncer oneroso. Não por acaso, nos Estados Unidos, país cuja população atingiu níveis de prosperidade inéditos na história da humanidade (gerando, destarte, muita elite culpada), a Esquerda avança como nunca dantes.

Em suma: não é forçoso ajoelhar e rezar para fazer o capeta comunista ir embora do Brasil. Mas que o exorcismo operado ontem no Rio de Janeiro fez William Friedkin sentir inveja, ah, isso fez…

O marxismo sempre viu no cristianismo um adversário para suas pretensões totalitárias. Como aquele nega qualquer transcendência, seu paraíso deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Seu absolutismo não admite concorrência. Segundo Lenin, “a guerra contra quaisquer cristãos é para nós inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste”. Acho que o tiro saiu foi pela culatra…

Encerro indicando este vídeo de Dennis Prager, no qual ele relaciona a evolução do Ocidente com princípios religiosos – notadamente a noção de respeito à autoridade, tão em falta nos dias atuais (para regozijo dos marxistas). Cinco minutos para ajudar a entender, grosso modo, o que ocorreu no RJ: 
BLOG ORLANDO TAMBOSI

DEM baiano é o que mais cresceu no Brasil, diz Aleluia



Por Alexandre Galvão
O deputado federal José Carlos Aleluia afirmou que o DEM baiano foi o que mais cresceu no Brasil. Segundo o deputado, o partido saltou de 13 para 34 prefeituras no estado. 
 
Ainda de acordo com o parlamentar, que é presidente estadual da sigla, Salvador também vai contar com a maior bancada do partido: seis vereadores. Além disso, os demistas elegeram quatro vereadores em São Paulo e quatro no Rio de Janeiro. 
 
Ao todo, o Democratas recebeu mais de 4,93 milhões de votos no Brasil, crescendo 8,5% desde a eleição passada. O DEM deve governar ainda diretamente para 10,9 milhões de brasileiros.

Sem salários há três meses, funcionários de maternidade entram em greve


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Os funcionários da Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre), em Itabuna, decidiram há 15 dias, em assembleia, que entrariam em greve por tempo indeterminado, devido ao atraso de quatro meses nos salários. Na última sexta-feira (27), foi pago um dos meses pendentes.
Entretanto, a direção da entidade havia se comprometido a pagar metade da remuneração atrasada em outubro e o restante em novembro. “Eles propuseram um pagamento escalonado e não cumpriram” afirmou João Evangelista, um dos diretores do Sintesi (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região).
Segundo ele, a adesão ao movimento nesta segunda-feira foi em torno de 30%. Por isso, haverá uma reunião amanhã, para avaliar os próximos passos e se a categoria deseja, de fato, interromper as atividades. A Maternidade da Mãe Pobre tem em torno de 70 funcionários.
Caroline Menezes

BA terá remédio para Anemia Falciforme, afirma secretário


sangue1A Secretaria da Saúde da Bahia traz uma boa notícia para as  Pessoas com Doença Falciforme. Terá início em 2017, em Vitória da Conquista, a construção da fábrica de medicamentos para o tratamento de tumores (tamoxifeno e capecitabina) e da doença falciforme (hidroxiuréia).
De acordo com o secretário Fábio Vilas-Boas, a produção começa em 2018 e atenderá a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o País.
A implantação da subsidiária da Bahiafarma no interior é a solução definitiva para regularizar o fornecimento da hidroxiuréia no Brasil e o projeto foi desenhado em parceria com o laboratório Cristália.
De acordo com o diretor-presidente do laboratório baiano, Ronaldo Dias, também está prevista a exportação desses medicamentos para a América Latina e estima-se que sejam criados 300 empregos diretos na unidade.
Caroline Menezes

Novembro azul: câncer de próstata mata um homem a cada 40 minutos


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A edição deste ano da campanha Novembro Azul vai ampliar sua abordagem – com o mote “De novembro a novembro azul – movimento permanente pela saúde integral do homem”, a ação vai orientar sobre o câncer de próstata e também alertar os homens sobre a importância de cuidar da saúde.
Criada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, a campanha visa orientar a população masculina sobre o câncer de próstata. A doença figura como o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, com mais de 13 mil mortes anuais – uma a cada 40 minutos. Mais de 61 mil novos casos devem ser registrados no país em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
A proposta do instituto este ano é, com a campanha já consolidada no Brasil, passar a alertar sobre os cuidados com a saúde integral do homem, mobilizando a população masculina para que se torne protagonista de sua história e responsável por sua própria qualidade de vida, em diferentes fases da vida.
Caroline Menezes

Choque entre poderes expõe crise institucional no país

Juristas analisam o embate entre Legislativo e Judiciário no Brasil

Jornal do BrasilFelipe Gelani *

Nesta semana, o país assistiu a mais um episódio da série de embates recentes entre os Três Poderes. Após uma operação da Polícia Federal autorizada por um juiz de primeira instância resultar na prisão, no Senado, de quatro policiais legislativos, os ânimos de acirraram.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros, chamou o juiz que autorizou a operação de "juizeco", além de afirmar que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, era um "chefete de polícia". Por sua vez, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, afirmou que sempre que um juiz for agredido, ela própria se sentiria agredida. O presidente Michel Temer não polemizou sobre a declaração de Renan sobre o ministro, mas as falas do presidente do Congresso e da presidente do STF já eram suficientes para estremecer a relação entre Legislativo e Judiciário.
Cármen Lúcia inclusive recusou um convite feito por Temer para se reunir com ele e Renan Calheiros, alegando agenda cheia, mas os representantes dos Três Poderes acabaram se encontrando na sexta-feira (28), numa reunião já agendada anteriormente, e que tinha como tema a segurança pública no país. Numa aparente trégua entre o chefe do Legislativo e a chefe do Judiciário, antes do encontro Renan teria ligado para Cármen Lúcia pedindo desculpas pela polêmica. Ele também afirmou publicamente que Cármen Lúcia era "um exemplo de caráter".
Contudo, na visão dos analistas ouvidos pelo JB, o episódio mostra mais um movimento na judicialização da política no Brasil. Eles alertam sobre os riscos para o país de representantes do Congresso e do Supremo divergirem publicamente.

Cármen Lúcia, Michel Temer e Renan Calheiros se encontraram na sexta, após polêmicas
Cármen Lúcia, Michel Temer e Renan Calheiros se encontraram na sexta, após polêmicas
“Há uma desarmonia profunda entre os poderes em um momento no qual a população já está desacreditada, e de repente, o Senado menospreza o Judiciário, que responde de forma equivocada”, afirma o advogado e professor licenciado da FGV Luciano Viveiros. “A Constituição é bem clara, dá independência e harmonia entre os poderes, no sistema de freios e contrapesos. Fica desagradável e perigoso para os representantes tanto do Congresso quanto do Supremo divergirem publicamente.”
De acordo com o professor de Direito Constitucional da UFF, Daniel Andrés Raizman, essa falta de harmonia faz com que os poderes percam as condições de legitimidade. “O Estado não atua com ética e sim por meio de interesses. O que é construído nesse modelo de representatividade se torna uma ficção de democracia, na qual discursos que buscam legitimação não conseguem se firmar. Se torna um caos”, afirma o professor.
Para ele, a disputa acaba impossibilitando a elaboração de uma agenda programática para o governo. “Isso impacta a economia terrivelmente, já que o mercado precisa de previsibilidade. A grande crise que nós temos é política, que afeta e agrava a crise econômica”, opina o professor da UFF. Ele explica que o problema institucional é ainda mais profundo. “O problema está menos no Judiciário do que nos outros poderes. Por exemplo, o Executivo e o Legislativo cometeram uma série de ilegalidades que culminaram na queda de uma presidente. Intermediando os conflitos está o Judiciário, cuja tarefa foi de intervir quando necessário.”
O Legislativo, de acordo com Raizman, tem sua imagem danificada por determinados políticos. “O sistema não funciona sem o mínimo de moral e controle ético, o que gera, por sua vez, uma crise de legitimidade ética e moral. O sistema perde sua representatividade ante a população”, ressalta.
Viveiros concorda com esse ponto de vista e dispara: “A desmoralização de todo o sistema institucional é causado pelo despreparo representativo dos representantes dos Três Poderes. Temos um presidente do Senado que utiliza uma terminologia chula para se referir a membros de outras esferas. O que a população vai esperar disso? É assim que um país se dissolve diante dessa desmoralização.”
O advogado também enumera uma série de fatores que distanciam a população da política. “A ausência de transparência e eficiência no poder e a falta de educação na sociedade desde a escola até a família, além dos membros das instituições negarem suas responsabilidades, são fatores complicadores para essa relação entre os Poderes. As pessoas precisam retomar o processo democrático”, conclui.
O que ocorre, segundo Viveiros, é que a sociedade quer deixar as responsabilidades nas mãos das figuras de autoridade. “Me pergunto como um juiz pode virar um herói, quando o que ele faz é apenas a competência dele no que ele se propõe a fazer, nem entro no mérito político aqui. Só sua eficiência o torna um herói. Por exemplo, um sujeito que entrega uma bolsa de dinheiro encontrada na rua, nada mais que sua obrigação, se torna um herói. Estamos carentes desse tipo de figura, e quando ela surge, fica acima do bem e do mal.”
Raizman vai pelo mesmo caminho quando afirma que “o grau de deslegitimação do Legislativo faz a população aceitar um mal menor. Isso é muito ruim. O Estado não pode ser beneficiário de ato ilícito”, e conclui: “A sensação de impunidade dá legitimidade aos crimes cometidos nas investigações da Lava Jato. O problema é que você pode aceitar ilegalidades cometidas contra alguém, mas eventualmente você abre um precedente que pode afetar outras pessoas depois. O sentimento de indignação em relação a determinados políticos tem gerado a aceitação do castigo do culpado ainda às custas do inocente.”
* do projeto de estágio do JB

Ana Júlia, estudante que discursou na Câmara do Paraná, faz pronunciamento em comissão do Senado


A estudante Ana Júlia Ribeiro, de 16 anos, fez um pronunciamento na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, às 9h45 desta terça-feira (31). A estudante de Curitiba ficou conhecida internacionalmente após o discurso que fez na Assembleia Legislativa do Paraná, denunciando a PEC 241 (agora PEC 55, que tramita no Senado) e defendendo o direito dos alunos de ocuparem as escolas.
A estudante começou seu pronunciamento falando sobre o discurso realizado na última quarta. “Não entendi o tamanho da repercussão já que se trata de algo tão básico, ou que pelo menos deveria ser.”
>> Discurso de aluna na Assembleia do Paraná repercute: "Mão de vocês está suja de sangue"
Ana Júlia fez pronunciamento à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado
Ana Júlia fez pronunciamento à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado
Ana Júlia criticou a qualidade do ensino público no país. “Sou estudante de escola pública, e em toda minha trajetória estudantil e visitando agora as escolas de Brasília, eu percebo a precariedade do ensino público. Percebo como precisamos enfatizar isso.”
Falou da repressão violenta que o movimento de ocupação das escolas vêm sofrendo por parte das autoridades. “Eu e todos os estudantes aprendemos um novo significado de resistência. A gente aprendeu que a resistência acontece quando olham para a gente e falam ‘larga disso porque vocês não vão conseguir nada’. Em resposta nós olhamos para eles, erguemos a cabeça e falamos ‘não, não vou largar’”, disse a estudante sob aplausos, e concluiu: “Aqueles que votarem contra a educação estarão com as mãos sujas por 20 anos.”
Às 11h, Ana Júlia ainda participaria da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e teria outros compromissos no decorrer do dia, incluindo uma reunião com membros da UNICEF.

'Le Monde': Rio elege candidato evangélico para prefeitura

Reportagem diz que eleição de Marcelo Crivella confirma inclinação a direita no Brasil


Matéria publicada nesta segunda-feira (31) pelo jornal francês Le Monde destaca que um senador evangélico, que há pouco tempo era demonizado por católicos e homossexuais, acaba de ser eleito para a prefeitura do Rio de Janeiro, confirmando a inclinação à direita no Brasil. O candidato Marcelo Crivellia do Partido Republicano Brasileiro (PRB direita) superou com 59,07% dos votos o esquerdista Marcelo Freixo, com 40,93% dos votos.

A reportagem do Le Monde observa que, ao nível nacional, as principais lições aprendidas com o primeiro turno, realizado em 2 de outubro, foi o colapso histórico do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua protegida Dilma Rousseff, deposta no final de agosto pelo Senado. Enredado no escândalo de corrupção da Petrobras, o partido de esquerda que governou o Brasil desde 2003 perdeu quase dois terços das prefeituras que ganhou em 2012, diz o jornal.
Le Monde afirma que o sucesso do candidato conservador simboliza a expansão do culto evangélico no país com o maior número de católicos do mundo
Le Monde afirma que o sucesso do candidato conservador simboliza a expansão do culto evangélico no país com o maior número de católicos do mundo
O diário francês aponta que apesar de um nível de popularidade bem baixo (14% de acordo com pesquisas recentes), o presidente Michel Temer sai mais forte do primeiro teste eleitoral desde que substituiu Dilma Rousseff. Seu partido, o PMDB, centro foi justamente quem ganhou o maior número de prefeituras no primeiro turno.
O segundo não apresentou grandes problemas ao nível nacional, com exceção do Rio. O destino pós-Olímpico da "cidade maravilhosa" foi objeto de uma luta de poder entre dois candidatos exatamente opostos.
De um lado, Marcello Crivella, 59 anos, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD, neo pentecostal). Favorito nas urnas, esse controverso e conservador personagem promete tolerância zero contra o crime. Do outro lado, Marcelo Freixo, com 49 anos, pertence ao Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), formado por dissidentes do PT, conhecido por ser contra as milícias armadas.
O candidato evangélico venceu com cerca de 15 a 20 pontos de vantagem. Le Monde afirma que o sucesso do candidato conservador simboliza a expansão do culto evangélico no país com o maior número de católicos do mundo.
Nota do Jornal do Brasil sobre a publicação acima
Há uma grande preocupação do maior jornal da imprensa francesa com a política brasileira enquanto deveria se preocupar com a invasão islamita em seu próprio país, causando um verdadeiro banho de sangue, como em 2015 no chamado Massacre do Charlie Hebdo, quando um atentado terrorista atingiu o jornal satírico francês Charlie Hebdo resultando em doze pessoas mortas e cinco gravemente feridas. O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov, na sede do semanário.
Vale lembrar que também em 2015 aconteceu o maior ataque terrorista da França, realizado pelo Estado islâmico. A capital francesa foi alvo de uma série de ataques terroristas em uma sexta-feira à noite, tendo como maior repercussão o ataque ao Bataclan, onde dois homens armados com fuzis AK-47 desceram de um carro e abriram fogo contra o bar Le Carillon, no 10º distrito. Mais de 100 pessoas foram mortas na ocasião. O jornal francês Le Monde contabilizou sete ataques em toda a cidade.

Quem são os líderes do Brasil?


Quais são os líderes do Brasil? Os que governam 24% da população? Não há como imaginar que o outro percentual nesse mesmo universo não seja de 76%. Será que há dúvida de que esses 76% não são nem de centro nem de direita?
É uma população que não aceita ser liderada mais por liberais nem por conservadores. Preferem ser liderados por populistas.
O populismo se assemelha a que? Àqueles que querem seus privilégios à custa do Estado. Por isso o discurso do populista conseguiu enebriar um povo que quer ter expectativa de, se jovem, poder comprar sua casa e não perder seu emprego; se mais velho, acreditar que o serviço público vai lhe dar assistência.
Quem são os líderes do Brasil?
Quem são os líderes do Brasil?
Pior que o populista são os outros quase 50% de eleitores brasileiros que não acreditam em mais nada e, por isso, não foram votar. Outros tantos anularam. Acreditar que essa multidão quer o que está acontecendo é cinismo. Acreditar que essa multidão quer um governo liberal é ingenuidade.
Essa multidão, somada ao populismo, atinge a 70% da população brasileira. O que querem mesmo é ter representante que atenda sua desilusão ou raiva.
E aí quem deve falar são os sociólogos, antes que a voz não seja mais ouvida por causa dos barulhos mais violentos que essa multidão possa fazer.

Belo Horizonte recebe Oktoberfest no próximo final de semana


Oktoberfest será realizada na Praça da Assembleia
Oktoberfest será realizada na Praça da Assembleia
Reunir, em um mesmo lugar, diferentes tipos de cervejas especiais, pratos da culinária típica alemã e várias atrações culturais para aproveitar o dia ao ar livre com toda a família. Essa é a proposta da Oktoberfest Minas, que recria, na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte, a tradicional festa alemã nos dias 5 e 6 de novembro (sábado e domingo), de 12h às 22h. A entrada será mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível e entrega de ingresso retirado online, e de graça, na plataforma online Sympla.

Diversas cervejarias artesanais mineiras e dezenas de estilos de chopes estarão à venda no local. Decoração temática, trajes folclóricos, comida típica, dança e música tradicionais também fazem parte da festa. Os tradicionais pratos da culinária alemã, como strudell, chucrute, salsichões e joelho de porco, estarão à venda a preços que variam entre R$ 15 e R$ 30.

Na programação artística estão Mosel Volkstanze, Bauernband e Beer Juice, e o Dj Kriok, que realizou ampla pesquisa sobre o cancioneiro alemão tradicional e contemporâneo e vai apresentar sua seleção para o público nos intervalos das atrações. A atração exclusiva de sábado é o grupo de danças folclóricas germânicas da Associação Alemã de Juiz de Fora, Schmetterling Germanische Volkstanzgruppe, enquanto no domingo, se apresenta a Banda Berliner, de música alemã contemporânea.

Serviço: Oktoberfest Minas– Belo Horizonte nos dias 5 e 6 de novembro de 2016 (sábado e domingo)
Horário: de 12h às 22h
Local: Praça Carlos Chagas (conhecida como Praça da Assembleia) | Av. Olegário Maciel, próximo nº 2025, santo Agostinho - Belo Horizonte/MG
Ingressos: retirada gratuita e online pelo site www.sympla.com/oktoberfest + 1 Kg de alimento não perecível, sendo imprescindível a entrega de ambos. Menores de 14 anos e maiores de 65 estão dispensados de retirar ingressos mas devem levar 1kg de alimento.
Informações para o público: (31) 3284-0709