sábado, 5 de abril de 2025
Hospital Icaraí realiza Sessão Clínica com temas que abordam a relação entre alimentação e Oncologia
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O valor da defesa da Constituição e do combate à corrupção e à desigualdade
Samuel Hanan*
Privilégio. Impunidade. Desigualdade. Iniquidade. Injustiça. Desesperança... É uma triste realidade as desigualdades regionais, sociais, raciais, educacionais e de gênero, além de liberdades comprometidas neste País. Basta ver que voltamos a ter exilados e também presos políticos, e já começa a se falar sobre a volta da censura na imprensa. É um lado do Brasil vergonhoso. Portanto, precisamos fortalecer a democracia, defendendo direitos constitucionais e de liberdade econômica, religiosa, política, de expressão e de imprensa, assim como a propriedade privada. Enfim, defender a Constituição.
As desigualdades que grassam país afora são passíveis de constatação em âmbito social, regional, racial, educacional e de gênero. Essa é a ordem estabelecida no Brasil, de ponta a ponta, na conjuntura atual, que celebra 35 anos da implementação da “Constituição Cidadã”, a Constituição Federal de 1988. É um contexto de contradições profundas.
Há números de 2023, porém, que alimentam um Brasil auspicioso, e que atestam seu expressivo desempenho em alguns segmentos, como por exemplo:
· o terceiro maior produtor mundial de alimentos (30% da produção mundial, responsável por 27 a 29% do PIB; 50% das exportações; e 150% do saldo da Balança Comercial). Essa é a representatividade do agrobusiness brasileiro;
· o oitavo maior produtor mundial de petróleo, responsável por 12 a 14% do PIB; 9% das exportações; e mais de 25% do superávit da Balança Comercial brasileira;
· o setor mineral é igualmente expressivo, responsável por quase 5% do PIB; 14% das exportações; e quase um terço do superávit da Balança Comercial brasileira;
· somados, três setores (agro, óleo e gás, e mineração) são responsáveis por 44 a 48%, quase metade, do PIB brasileiro e 73% (quase três quartos) das exportações, respondendo por mais de 205% do superávit da Balança Comercial.
Aqui estão, portanto, aspectos nacionais que suscitam orgulho no brasileiro, o Brasil dos resultados impressionantemente positivos, que promovem expectativa e esperança de justiça e equidade. Do outro lado, há inúmeros aspectos que promovem no brasileiro a desesperança e o desalento face a uma realidade de absoluta falta de equidade.
Hoje em dia, constata-se que a reeleição foi um dos maiores males do Poder Executivo brasileiro. Pela aprovação da Emenda à Constituição n° 16 (EC 16), de 04/06/1997, no contexto pós-Constituição 88, o instituto da reeleição para os cargos eletivos do Poder Executivo potencializou, com ineditismo, o agravamento do estado eleitoral permanente, que representa o presidente no palanque 365 dias por ano durante quatro anos. Uma fórmula que imprime na sociedade um selo de desvantagens contra tantos em favor de poucos.
Se o propósito é o de tornar uma carta magna mais justa, uma nação pujante como o Brasil não deveria permitir que seus governantes se eternizem em seus postos, sem jamais abandonar a retórica de campanha em busca da reeleição, ainda que à custa de seguir fomentando instrumentos de divisão da sociedade, tanto política quanto economicamente.
Churchill, no século passado, já se surpreendia com esta postura: “Alguns veem a empresa privada como um tigre feroz a ser abatido; outros, como uma vaca a ser ordenhada (tirar diariamente todo leite dela); apenas uns poucos a enxergam como ela realmente é: um poderoso cavalo puxando uma pesada carreta (governos)”.
A mentalidade e o posicionamento retrógados seguem impedindo que se discuta o efetivo combate aos dois dos maiores males que atingem o tecido do setor público brasileiro e a própria nação brasileira: a corrupção e a desigualdade – fruto de décadas de políticas públicas equivocadas.
É inconcebível a prevalência de “salvadores da pátria” e de “presidentes dos pobres” que nunca discutem cortes e redução de quaisquer despesas, seja de salários, de benefícios, de privilégios, de transferências, de incentivos, preferindo, assim, se venderem como distribuidores de benesses enquanto manifestam repúdio aos ricos, geradores de empregos, riquezas e lucros que alimentam os cofres do Tesouro Nacional, via recolhimento de tributos, para que continuem a manobrar 33% do PIB brasileiro, isto é, um terço de tudo o que a nação
produz anualmente.
Cortar gastos, reduzir privilégios, combater a corrupção e dar fim à impunidade são expressões inaceitáveis para os governantes do Brasil que ocuparam e ocupam a presidência e governos estaduais nas últimas três décadas.
Por seu turno, a arrecadação de impostos tem sido uma grande injustiça no bolso e na mesa do brasileiro. O que cidadão algum suporta mais, seja qual for a que classe econômico-social a que pertença, é desconhecer o destino dos quase cinco trilhões ao ano – R$ 3,7 trilhões em tributos e mais de R$ 1,14 trilhão em déficit nominal, que elevam anualmente a dívida pública brasileira.
O brasileiro deseja e merece, isto sim, ser tratado como um cidadão, que pensa por conta e que produz, e não como um mero contribuinte – um pagador compulsório de tributos sem a contrapartida correspondente e muito menos sem transparência alguma da parte de quem os gere. Millôr Fernandes bem dizia: “Me arrancam tudo à força e depois me chamam de contribuinte”.
Convém lembrar que no Brasil não há espaço para o cidadão decidir se gosta ou não de pagar mais impostos. Agora, é preciso lembrar que o governo também permanece submetido à legislação constitucional e infraconstitucional. Se o poder público entende que é preciso taxar ricos e super-ricos com mais tributos, que o faça pelo caminho da legislação brasileira, isto é, via emenda constitucional (novo tributo) ou por legislação infraconstitucional.
A visão equivocada está no comando, não na sociedade. Governo algum tem o direito de desqualificar seu cidadão, seja de que classe for. Não é producente – nem decente – o governo cujas iniciativas têm como enfoque sua perpetuação no poder em palanque eleitoral permanente.
*Samuel Hanan é engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças; é empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br
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Katlen - Vervi Assessoria
IMPRENSA
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A Cop30 e a indústria de saneamento básico brasileira
A Cop30 e a indústria de saneamento básico brasileira
Engº Francisco Carlos Oliver*
Em novembro deste ano o Brasil vai organizar em Belém (PA) a Cop30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (Conferência das Partes). No evento, estarão presentes importantes líderes políticos, cientistas, ativistas de ongs e representantes da sociedade civil de todo o mundo. O objetivo principal é discutir medidas para responder os desafios das mudanças climáticas, que têm perturbado bastante o cotidiano do planeta.
As empresas de saneamento, inclusive as brasileiras, poderão contribuir bastante num dos temas centrais que serão debatidos, a ‘Adaptação às Mudanças Climáticas’. O setor tem um papel substancial neste item para ajudar a reduzir fenômenos como secas, tempestades, inundações, ondas de calor e até a elevação do nível do mar. Todos implicam diretamente na disponibilidade e a qualidade da água, e também nos fluxos dos fluidos das redes de esgoto e sistemas de drenagem.
No processo da ‘Adaptação às Mudanças Climáticas’, que vai em busca de reduzir os danos causados pelo clima, proteger o meio ambiente e as pessoas, e apoiar medidas que contribuam para a adaptação, está a prioridade por fontes de energia limpa e renováveis (como a solar, eólica e biomassa), redução do consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo e a gasolina, além de racionalizar o dispêndio da energia em uso. A engenharia sanitária terá ainda que projetar as estações de tratamento com maior proteção contra inundações e usar tecnologias mais ‘verdes’ e inovadoras.
Esse tópico da Cop30 é tão importante que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.904, de 2024, que apresenta diretrizes para a elaboração de planos de ‘Adaptação às Mudanças Climáticas’. A nova legislação, conforme a Agência de Notícias do Senado, procura reduzir a vulnerabilidade e a exposição a riscos dos sistemas ambiental, social, econômico e de infraestrutura diante dos efeitos adversos das mudanças climáticas. A norma legal define diretrizes para a criação de planos de adaptação, baseando-se na Política Nacional sobre Mudança do Clima. Nessas diretrizes principais do preceito legal estão aspectos como a gestão e a redução do risco climático; a integração de estratégias de mitigação e adaptação; e o estabelecimento de instrumentos de políticas públicas que assegurem a viabilidade dessas adaptações.
O setor de saneamento pode contribuir muito neste novo momento, como, por exemplo, na modernização de redes de esgoto e drenagem para suportar eventos climáticos extremos. Tem a possibilidade de dar suporte nas estruturas verdes, como as wetlands, que são áreas úmidas naturais ou construídas que tratam efluentes e abrigam diversas espécies de vida. No caso dos wetlands construídos, eles utilizam sistemas de engenharia que tratam efluentes domésticos e industriais.
São conhecidos também como alagados construídos ou filtros plantados com macrófitas aquáticas, aquelas plantas aquáticas que vivem em brejos e ambientes aquáticos. A tecnologia simula processos naturais que ocorrem em zonas úmidas naturais. São utilizados também para tratar esgotos sanitários. Para evitar enchentes, nas estruturas verdes os pavimentos permeáveis deverão ser empregados com mais intensidade.
Em lagos e mananciais as algas e outras espécies de vegetação aquática podem se tornar pragas. Nesse caso quando a água, contendo esses vegetais, é captada e direcionada para as estações de tratamento torna o processo de tratamento mais complicado. Se não houver tratamento com soluções sustentáveis para o controle dessa vegetação daninha, podem causar problemas como entupimentos nos filtros, sedimentações inadequadas, tempo de tratamento mais longos, altos níveis de matéria orgânica reativa, índice de pH instável e o nível de oxigênio dissolvido indesejado.
O uso de produtos biotecnológicos para o tratamento de esgoto será muito bem acolhido neste novo momento de atenção com desequilíbrio ambiental do planeta. Os chamados bio aceleradores são produtos desenvolvidos quimicamente para criar e manter um equilíbrio bacteriano nos reatores, ou seja, naqueles equipamentos que tratam a matéria orgânica presente nos efluentes. O composto estimula a atividade microbiana e acelera a decomposição da matéria orgânica, com a ação de um conjunto de nutrientes para as bactérias que estão naquele ecossistema aquático, convertendo rapidamente os resíduos em gás e água sem cheiro.
Um aspecto muito importante da indústria de saneamento será o monitoramento e pronta resposta nos sistemas de água e esgoto. Para tanto será necessário o sensoriamento remoto mais avançado, inclusive onde for possível, com uso da inteligência artificial para prever os riscos climáticos e fazer de forma mais eficaz a gestão de crises hídricas.
Além disso, na distribuição, no monitoramento de pressão e vazão da água, ao usar sensores e IA para acompanhar e ajustar processos em tempo real, haverá uma expressiva redução de perdas. Quanto menos vazamentos houver também, menos desperdício ocorrerá no bombeamento e gasto de energia. Isso também significa mais equilíbrio ambiental.
Para antecipar os diversos impactos de secas e enchentes, e também planejar ações para prevenção, a ‘modelagem hidrológica’ será essencial. É uma técnica que simula o comportamento da água num sistema hídrico. Ela prevê a resposta do sistema em diferentes condições climáticas e em ambientes distintos. Os ‘modelos hidrológicos’ são usados para simular escoamentos, prever alterações na qualidade da água e antever o impacto de mudanças no uso da terra. A metodologia emprega procedimentos complexos e um sistema com base em equações que utilizam variáveis e parâmetros exatos.
Os novos projetos na gestão de recursos hídricos deverão contemplar mais a captação e armazenamento de águas pluviais para abastecimento alternativo. Será considerada com maior atenção também a implementação de soluções para reuso de água a fim de reduzir a dependência de fontes naturais.
Cada vez mais será preciso nas operações das estações de tratamento o emprego de energias renováveis como, por exemplo, a energia solar e o biogás. Por sinal, nos próximos anos, o tratamento de efluentes deve aproveitar progressivamente a geração do biogás, para diminuir o consumo de combustíveis fósseis.
E complementando, todo o lodo produzido no tratamento de esgoto também pode ser digerido anaerobicamente para produzir biogás, o qual pode ser usado para gerar eletricidade ou calor. Além do mais, esse mesmo lodo com o devido processamento também se torna um proveitoso fertilizante. A partir da reutilização de efluentes tratados apropriadamente não será preciso captar e bombear água de outras fontes hídricas. Essa racionalização contribuirá bastante com a ‘Adaptação às Mudanças Climáticas’.
Tanto a purificação da água como o tratamento do esgoto exigem uma grande quantidade de energia, portanto, ao tornar esses procedimentos mais eficazes, as emissões serão diminuídas proporcionalmente. Sendo assim, a instalação de fontes renováveis para abastecer estações de tratamento como painéis solares e turbinas eólicas vai ser muito benéfica para o equilíbrio do ambiente.
No que diz respeito à redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), os reatores (anaeróbios) reduzirão a necessidade de aeração, e isso diminuirá o consumo de energia e proporcionará a geração de biogás. No tratamento ainda, a tecnologia desenvolvida para produzir o gás metano, em vez de liberá-lo na atmosfera, o transformará em combustível.
Em relação ainda ao tratamento de água e esgoto, a diminuição da pegada de carbono (indicador ambiental que mede a quantidade de gases de efeito estufa — GEE — emitidos por uma pessoa, empresa, evento ou produto) pode ser alcançada pela melhoria de diversos processos, como o uso eficiente da energia e reaproveitamento de recursos.
Uma pesquisa do Instituto Trata Brasil feita em 2023 sobre a prática ESG na cadeia de saneamento básico no Brasil, concluiu que o acesso pleno aos serviços de água e esgotamento sanitário pode ser uma das principais chaves para a proteção do meio ambiente, prevenção às mudanças climáticas e combate à pobreza. O trabalho defende ainda que o setor de saneamento precisa assumir um papel na agenda da ‘Adaptação às Mudanças Climáticas’.
Em nosso entendimento as empresas de saneamento além de reduzir vulnerabilidades às mudanças climáticas, também estão contribuindo no desenvolvimento urbano mais sustentável. O setor como um todo deverá atenuar cada vez mais os impactos ambientais e reduzir custos operacionais, contribuindo com ações estratégicas para a sustentabilidade, e principalmente para reação e adaptabilidade às mudanças climáticas. No entanto, será preciso investimentos do Poder Público e da Iniciativa Privada para que os trabalhos sejam materializados satisfatoriamente.
*Engº Francisco Carlos Oliver é diretor técnico industrial da Fluid Feeder Indústria e Comércio Ltda., especializada em tratamento de água e de efluentes por meio de soluções personalizadas. www.fluidfeeder.com.br
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Sobre a Fluid Feeder
Fundada em 1997, com o objetivo de representar comercialmente a área de equipamentos e serviços para tratamento de água, a Fluid Feeder tem como foco o tratamento de água e de efluentes por meio de soluções personalizadas para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos, para companhias de abastecimento e saneamento bem como para indústrias.
Seus sócios-fundadores possuem longa experiência no setor, o que garantiu o seu sucesso desde o início da operação e permitiu que, em 2001, o negócio crescesse e fosse criada a sua própria linha de produtos.
Com capital 100% nacional, a Fluid Feeder já atuou em empresas dos mais variados ramos, da indústria química à farmacêutica, da área têxtil ao setor de papel e celulose, sempre se destacando pela excelência no atendimento.
Para atender às necessidades e expectativas dos seus stakeholders, seus produtos destacam-se pela precisão, durabilidade e facilidade de manutenção, e suas equipes de atendimento, suporte e pós-venda visam proporcionar a melhor experiência aos clientes.
Em busca de oferecer qualidade de ponta aos públicos interno e externo, a Fluid Feeder realiza processos de aperfeiçoamento constantes e é certificada ISO 9001:2015.
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