Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Para o presidente, a missão foi cumprida e que os termos do acordo devem começar a valer em dois ou três anos
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (30) esperar
que o Congresso brasileiro seja um dos primeiros a aprovar o acordo
entre Mercosul e União Europeia, anunciado durante a reunião do G20 no
Japão. Ao chegar ao Palácio da Alvorada após viagem para participar da
cúpula, o mandatário disse que a missão foi cumprida e que os termos do
acordo devem começar a valer em dois ou três anos. “Missão cumprida,
atingiu todos os objetivos. Houve a concretização do [acordo entre União
Europeia e] Mercosul, e as informações que tenho são as melhores
possíveis. Entra em vigor em 2 ou 3 anos, mas depende dos parlamentos.
Vamos ver se o nosso aqui talvez seja um dos primeiros a aprovar,
espero”, disse. As declarações foram dadas pelo presidente ao chegar ao
Palácio da Alvorada após a viagem ao encontro na Ásia. Anunciado após
cerca de 20 anos de negociação, o acordo comercial agora passará por
revisão técnica e jurídica dos termos fechados. Só neste ponto será
definida uma data para assinatura efetiva do acordo. Depois disso, os
presidentes dos países do Mercosul enviam o acordo para o Congresso. Na
UE, o acordo deve passar por votação no Parlamento Europeu. Segundo o
presidente, é necessário facilitar o comércio para exportação de carne
brasileira a países asiáticos. Ele falou que, na viagem ao Japão,
convidou autoridades daquele país ao Brasil e falou que vai oferecer
carne brasileira aos convidados. “Como eles vão para o Chile, pedi que
passassem por aqui e eles falaram que passarão. Pedi que passem na hora
do almoço que eu quero ofertar um churrasco com carne brasileira. Porque
o churrasco que eu comi lá, com carne australiana, não tem graça. É um
churrasco genérico”, disse em tom de brincadeira. O presidente ainda
falou que quer iniciar o plano de transformar a Baía de Angra em uma
“Cancún brasileira”, mas que para isso enfrenta dificuldades legais. A
área é protegida por legislações ambientais. “Gostaria de começar logo
nosso plano de transformar a Baía de Angra numa Cancún brasileira. Mas
para revogar um decreto botaram numa lei que tem que ser outra lei. Um
absurdo. O aparvalhamento não é só de gente não Brasil, é de
legislação”, disse. O mandatário afirmou que as legislações existentes
hoje preveem uma grande quantidade de conselhos, que abrigariam uma
grade quantidade de membros, e que precisa enfrentar isso “devagar”.
“Foram amarrando [a lei] e tem uma quantidade enorme de conselhos. Têm
ministérios que têm 200 pessoas em conselho, o equivalente a um terço do
parlamento. Não tem como resolver. É muito difícil, tem que lutar
contra isso devagar”, disse.
Folhapress
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