Líderes da União Europeia iniciaram nova rodada de negociações
neste domingo, na expectativa de que possam avançar na disputa
diplomática sobre quem deve preencher cargos de liderança no bloco de 28
países. Líderes dos países membros falharam duas vezes até agora em
fazer as principais nomeações, que incluem a substituição de Jean-Claude
Juncker como presidente da Comissão Europeia e de Donald Tusk como
presidente do Conselho Europeu. Durante a reunião do G-20, alguns
líderes discutiram a lista de vagas futuras, que até novembro incluirão
também o principal diplomata da UE, o presidente do Parlamento Europeu e
o chefe do Banco Central Europeu. “Houve um grupo de países europeus em
Osaka que discutiu a questão, mas não há compromissos concretos “,
disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, neste domingo ao chegar
em Bruxelas para as negociações. Questionado sobre possíveis candidatos
para a vaga da comissão, Rutte disse: “Essa é uma imagem em movimento”.
“Você acha que um candidato ou outro, possivelmente, tem a melhor
chance, e isso continua mudando”, acrescentou. O presidente francês
Emmanuel Macron pediu um “espírito de compromisso e acima de toda a
ambição”, tendo em vista que os líderes procuram nomear o que ele
descreveu como “o novo time Europa”. “Deve haver dois candidatos homens e
duas mulheres” para quatro dos cinco postos em disputa nas próximas
semanas, disse Mácron. Assim como Rutte, o presidente francês recusou-se
a dizer quem estava apoiando. As discussões sobre quem deve assumir o
leme da UE pelos próximos cinco anos podem durar horas, advertiu o
presidente do Conselho Europeu, que vai presidir a reunião e disse que
iria manter os líderes noite adentro e até o início da segunda-feira, se
necessário. Tusk reuniu-se com líderes do partido e do governo neste
domingo, antes da cúpula. Ele quer que as nomeações sejam concluídas em
breve, na tentativa de evitar desgaste da confiança pública na UE, em
meio à incerteza do Brexit e às divisões intrabloco sobre o
gerenciamento de migração. A tarefa não será fácil. As nomeações devem
levar em consideração a afiliação política, a geografia – balanceamento
leste e oeste, norte e sul – o tamanho da população e gênero. Os líderes
das instituições da UE devem representar de maneira imparcial os
interesses de todas as nações membros no cenário global e em Bruxelas.
Fonte: Associated Press
Fonte: Associated Press
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