As duas principais entidades produtivas do país elogiaram o
acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, fechado nesta
sexta-feira (28). A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a
Confederação Nacional da Agricultura (CNA) consideraram que o resultado
das negociações criará oportunidades para produtos brasileiros. Em nota,
a CNI informou que o acordo pode aumentar em US$ 9,9 bilhões (23,6%) as
exportações do Brasil para a União Europeia em dez anos, com potencial
de criar 778,4 mil empregos. Os dois blocos, destacou o comunicado,
formarão uma área de livre comércio que soma US$ 19 trilhões em Produto
Interno Bruto (PIB) e um mercado de 750 milhões de pessoas. Na avaliação
da indústria, esse aumento nas exportações não é trivial. Entre 2012 e
2016, as exportações brasileiras para os europeus caíram de US$ 49,1
bilhões para US$ 33,4 bilhões. Registrou leve recuperação em 2017 e
encerrou 2018 em US$ 42,1 bilhões. Desse total, 56% foram de bens
industrializados. “Esse acordo pode representar o passaporte para o
Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacional.
Cria novas oportunidades de exportação devido à redução de tarifas
europeias, ao mesmo tempo em que abre o mercado brasileiro para produtos
e serviços europeus, o que exigirá do Brasil aprofundamento das
reformas domésticas. O importante é que essa mudança será gradual, mesmo
assim as empresas devem começar a se adaptar a essa nova realidade”,
escreveu o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota oficial.
Agência Brasil
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