Eles dizem que falta estrutura no Hospital de Urgências de Aparecida.
Segundo eles, um paciente teria sido infectado com larva de mosca.
Segundo os funcionários - que não quiseram se identificar - faltam materiais, equipamentos, um tomógrafo - utilizado para exames de imagens - e a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nunca funcionou. “Como a escala está furada, ou seja, tem um dia que tem médico, tem dia que não tem médico, a UTI não pode funcionar”, afirma um médico sobre a situação da unidade.
Ele denuncia ainda que para passar por um processo cirúrgico, o paciente que chega baleado ou esfaqueado não conta com o médico anestesista. “O anestesista, ele vai quando é chamado. Ele nunca está presente, o que é um absurdo,” explica.
Explicações
A responsável pelo gerenciamento dos hospitais públicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a superintendente Lázara Mundim, afirmou que o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Huapa estão preparados para atender as emergências. Segundo ela, parte dos problemas se deve a demora para passar a administração do hospital para uma Organização Social (OS).
“Nós atendemos a uma recomendação do Ministério Público para não assinar o contrato com a OS que foi licitada e isso desencadeou alguns problemas, mas nós estamos trabalhando para resolvê-los. Inclusive alguns recursos de fundo rotativo já foram liberados essa semana e a reposição de material já está sendo feita da forma adequada. O hospital não está abandonado”, afirma Lázara Mundim.
Sobre a denúncia sobre a falta de funcionamento das UTIs, a superintendente negou as acusações. “Elas estão funcionando. Hoje nós temos dez pacientes internados. Nós tivemos, temporariamente, um período em que nós não estávamos internando em função de alguns médicos que pediram demissão”, esclarece.
A superintendente disse também que os anestesistas têm um contrato com o Huapa e quando há necessidade de cirurgia eles são chamados e chegam a tempo porque, antes da anestesia, os pacientes precisam ser preparados. Sobre o paciente que está com infecção provocada por uma mosca, ela afirmou que foi aberta sindicância para ver o que aconteceu. Lázara Mundim disse ainda que o problema do tomógrafo deve ser resolvido dentro de um mês.
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