Janine Farias estuda em escola regular de formação de professores.
Jovem mora em Barreiras, oeste da Bahia.
“No futuro eu quero me casar, ter um marido e ter dois filhos. Meu sonho é ser professora”, diz Janine.
De acordo com informações da Ong Grupo Brasil de Apoio ao SurdoCego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial, Janine é a primeira jovem com deficiência auditiva e cegueira congênita a fazer em escola regular o curso normal de formação de professores.
A mãe da menina teve papel fundamental no desenvolvimento da garota. Ela, que já era professora, resolveu aprender as Línguas de Sinais para poder ajudar Janine a se desenvolver.
“As Libras Brasileiras de Sinais têm uma extensão muito grande de vocabulários que a gente precisa pesquisar e buscar qual o sinal para cada termo para que assim, ela possa aprender”, explica a mãe da garota, Samara Farias.
A água que cai da torneira foi o primeiro aprendizado de Janine. Com o toque afetuoso das mãos da mãe aos poucos, as outras palavras foram surgindo. “Em todo momento em que estávamos com a água eu fazia o sinal da água, além disso, eu também dava outros sinais que ela convivia”, explicou a mãe.
Mãe e filha vão juntas para a escola, e só se despedem na hora de Janine entrar para a sala de aula. Ela precisa de uma professora intérprete para acompanhar as aulas junto com os 42 colegas. Em uma máquina, ela escreve as letras em braile e tenta localizar as palavras. “Ela é uma boa aluna, acompanha direitinho”, diz a professora intérprete Irla Queiroz.
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