A eletrificação dos automóveis é algo inevitável. Modelos elétricos terão maior participação daqui em diante. Mas antes que os motores a combustão desapareçam por completo, os híbridos ainda terão grande espaço no mercado do automóvel. Eles serão a ponte dessa metamorfose. Se há pouco tempo carros como Prius e Volt eram os representantes, a tendência migrou inclusive para marcas de supercarros, como a Ferrari.
A marca do Cavallino Rampante acaba de apresentar SF90 Stradale. Trata-se de uma berlinetta de motor central traseiro, que combina a conhecida unidade V8 biturbo 4.0 de 780 cv com três módulos elétricos de 220 cv, que resultam numa potência combinada de 1.000 cv e torque de 81,6 mkfg. Trata-se da Ferrari mais potente de todos os tempos, com aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos.
Ela supera a poderosa LaFerrari, que entrega 963 cv na combinação do V12 6.3 com um módulo KERS, que oferece acréscimo de torque temporário. No SF90 os motores atuam de forma contínua.
União
Uma das notícias que marcaram o noticiário automotivo e também econômico foi a proposta enviada pela FCA à Renault. As duas podem formar o terceiro maior grupo automotivo do planeta. O grupo ítalo-americano enviou uma proposta de união ao grupo francês. O foco do conglomerado ítalo-americano, sediado em Londres, é acelerar no desenvolvimento de motores elétricos, tecnologia que os franceses já dominam e comercializam no mercado global.
Se FCA e Renault se unirem, as duas se tornaram o terceiro maior fabricante de automóveis, com um volume anual na casa de 8,7 milhões, ficando atrás apenas da líder Toyota e do Grupo Volkswagen. Caso o namoro também englobe Nissan e Mitsubishi, a produção combinada chegaria a 15 milhões de carros ao ano. Vale lembrar que a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi vive uma tensão envolvendo o ex-presidente do grupo, Carlos Ghosn, preso por acusação de sonegação ao fisco japonês.
Em contrapartida, a FCA pode oferecer tecnologia para o desenvolvimento de veículos 4x4 para as marcas controladas pelos franceses (Renault, Dacia, Lada e Renault- Samsung). Atualmente, os utilitários franceses carecem de robustez para o fora-de-estrada e uma união poderia fortalecer sua presença no nicho que mais cresce no mercado global. Nos termos do acordo, cada uma das partes teria 50% do controle acionário. De acordo com a francesa, a proposta será estudada com bastante interesse.