Dezenas de manifestantes se aglomeraram na porta do Walfredo Gurgel.
Ato foi alusivo ao médico que usou nylon em cirurgia por não ter fio de aço.
'Marcha do Fio de Aço' percorreu ruas da cidade (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Médicos do Rio Grande do Norte realizaram no final da manhã deste sábado (26), em Natal,
um protesto contra as condições alarmantes em que se encontra a saúde
pública no estado, percorrendo trechos das avenidas Hermes da Fonseca e
Salgado Filho – entre a Associação Médica do RN e o Complexo Hospitalar
Monsenhor Walfredo Gurgel. A 'Marcha do Fio de Aço', como foi chamado o
ato, recebeu este nome em alusão à falta de fio de aço para fechar um
paciente durante uma cirurgia de emergência realizada no próprio
Walfredo Gurgel - maior unidade pública de saúde no estado. A situação
levou o cirurgião Jeancarlo Cavalcanti, que também é presidente do
Conselho Regional de Medicina do RN, a filmar o caso. As imagens foram
exibidas pelo Jornal Hoje, da Rede Globo, no último dia 17.Quanto ao vídeo divulgado pelo médico Jeancarlo Cavalcanti, “a Secretaria de Saúde entende que há meios legítimos e canais apropriados para a efetivação de qualquer tipo de denúncia. O episódio está sendo apurado para que se tomem as medidas administrativas cabíveis.
Médico Jeancarlo Cavalcanti filmou cirurgia
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
Jeancarlo participou da 'Marcha do Fio de Aço'. Ele disse que estuda,
enquanto presidente do Cremern, rebater as denúncias feitas pelo Governo
por meio de uma ação. “Estou vendo essa possibilidade. A saúde do Rio
Grande do Norte está um caos. Faltam medicamentos, equipamentos básicos e
os corredores das unidades estão lotados. Também faltam leitos de UTI e
os profissionais estão desmotivados e não recebem da governadora, que é
médica, o valor que merecem”, disse ele.(Foto: Anderson Barbosa/G1)
Greve
Boneco virou símbolo da marcha
(Foto: Anderson Barbosa/G1)
No próximo dia 29, a greve dos médicos do Estado completa 9 meses. O
Sindicato dos Médicos do RN disse que a categoria foi surpreendida, no
último dia 15, com uma nota oficial do governo anunciando,
compulsoriamente, o reajuste para os médicos e corte do ponto para os
grevistas. “Ainda assim, os médicos mantiveram o movimento grevista,
visto que, haviam outras reivindicações. Nossa luta não é somente e nem
principalmente por questão salarial. Lutamos por melhores condições de
trabalho. Ao que parece, o Governo não sabe ou não quer saber disso.
Lutamos por dignidade”, declarou o presidente do Sinmed, Geraldo
Ferreira.(Foto: Anderson Barbosa/G1)
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