Bruna Tiussu
No lounge, no café da manhã, no spa, tem sempre uma turma de brasileiros comprovando que o hotel Viceroy Snowmass (a 30 minutos de Aspen) se tornou mesmo um recanto verde e amarelo. Inaugurado a pouco mais de quatro anos, não demorou muito para que o Brasil fosse visto pelo hotel como seu primeiro grande mercado internacional. Os números confirmam: só neste janeiro, quase 80% da ocupação total do espaço é de famílias brasileiras, o que representa um aumento de 30% em relação ao mesmo mês no ano passado.
E os habitués brasileiros agora são alvo de outra iniciativa do Viceroy, que pretende vender boa parte das suas 122 suítes para visitantes brasileiros. O objetivo é antigo, desde sua inauguração o hotel já pretendia colocar todos seus quartos à venda, porém, a recessão econômica acabou adiando o plano. Que está de volta agora – e com grandes expectativas de bons negócios.
A ideia é simples: uma vez dono da suíte (há desde estúdio, por US$ 220 mil, até os com quatro quartos, de US$ 2,5 milhões), a pessoa pode usufruir quantas semanas desejar dela e de todos os benefícios do hotel – ela ganha também um espaço privado para guardar equipamentos de esqui, roupas etc. No período que ficar vago (é bom lembrar que normalmente a família passa no máximo 15 dias esquiando), o Viceroy pode alugá-la a outros hóspedes, dividindo assim as despesas.
A vista para a montanha Snowmass desde uma suíte do hotel
Dormitório do apartamento de um quarto…
…e parte da sala de estar. Fotos: Bruna Tiussu/Estadão
Em um mês de negociação, dez suítes já foram
compradas (outras seis estão em fase de fechamento de contrato), sendo
dois compradores brasileiros: um levou um apartamento, o outro dois.
Ao público brasileiro, é a corretora Cristina Hungria, da imobiliária Coelho da Fonseca,
quem tem feito as honras da casa: ela mostra os apartamentos,explica
valores, planos de financiamento e tudo o mais que o (futuro) cliente
queira saber. Segundo ela, a ideia de comprar uma suíte no Viceroy tem
atraído principalmente como forma de investimento: “os juros são mais
baixos nos EUA, há vários bancos preparados para fazer financiamentos
para brasileiros e, principalmente, os preços estão baixíssimos”, diz
ela.Para se ter uma noção dos números, um estúdio que está à venda por US$ 220 mil, é alugado na alta estação pela bagatela de US$ 600 a diária.
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