Programa é similar àqueles que levam água potável para os agricultores.
Água só chega de carro-pipa em muitas comunidades do Ceará.
O gado se esconde do sol na sombra das árvores para aliviar os efeitos do calor. O agricultor Antônio Nogueira diz que tem racionado a água. Antes, ele enchia os recipientes cinco vezes por dia. Agora, são apenas duas. Ele lamenta que alguns criadores estejam se desfazendo dos rebanhos. A preocupação é que as fontes que restam no município sequem antes de dezembro. Algumas, como o Riacho da Passagem Molhada, estão com nível baixo e a água visivelmente poluída.
A promessa de um abastecimento especial para os rebanhos foi feita durante a última reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca no Ceará. A proposta é da Defesa Civil do estado e cria um programa similar ao que já é feito pelos carros-pipa que levam água potável para os agricultores. O problema é que nada começou a ser executado.
O coordenador da Defesa Civil de Quixeramobim diz que há três meses o município fez todos os procedimentos exigidos para receber o chamado pipa-boi, mas até agora não chegou.
A assessoria técnica da Defesa Civil do Ceará confirma que recebeu o relatório sobre a situação de Quixeramobim e de outros municípios, mas que dados importantes para a execução do programa chegaram incompletos. “Nós já sabemos a demanda geral, de cinco municípios espalhados por todo o estado. Mas precisamos do dimensionamento para passar pela aprovação do comitê. Tem que analisar o porte do animal. A gente está aguardando as demandas para ver como vamos poder atender”, diz Ioneide Araújo, assessora técnica da Defesa Civil do Ceará.
Os municípios que quiserem mais informações sobre os documentos que estão faltando para a liberação da água devem procurar a Defesa Civil do estado.
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