Mortos pela tormenta passam dos 30.
Número, porém, deve aumentar. Agências já falam em 43 mortos.
O presidente americano, Barack Obama, vai visitar nesta quarta-feira (31) Nova Jersey, um dos estados mais duramente afetados pela supertempestade, anunciou a Casa Branca.
Pouco antes o presidente havia dito que a crise causada pela supertempestade ainda não acabou, afirmando que faria o que fosse preciso para lidar com um drama que, segundo ele, deixou os Estados Unidos de coração partido.
"Esta tempestade ainda não acabou", disse Obama durante uma visita ao quartel-general da Cruz Vermelha americana, em Washington, acrescentando que as pessoas afetadas pela tempestade precisam saber que a América "está com elas".
O estado americano mais afetado pela tormenta foi Nova York, onde 15 pessoas morreram, dez delas na cidade de Nova York, bastante castigada por enchentes e blecautes.
As autoridades temem que o número seja maior, pois os trabalhos de resgate, principalmente na zona costeira, continuavam.
O governador de Nova Jersey, estado pelo qual Sandy chegou ao continente, disse que o furacão provocou uma "devastação inimaginável" na costa e que os trabalhos para retirar moradores presos pelas inundações continuam.
A Guarda Nacional está ajudando nos trabalhos na região, onde muitas casas foram arrancadas de suas bases e arrastadas pelos ventos e pela água.
Nova York
O presidente Barack Obama, declarou situação de emergência para todo o estado de Nova York após a passagem de Sandy.
Parte da ilha de Manhattan está inundada, e 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na cidade de Nova York.
do Norte, danificada nesta terça-feira (30) pela
passagem de Sandy (Foto: AP)
Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça, enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. Entenda o fenômeno.
O Centro Nacional de Furacões informou às 9h GMT (7h do horário brasileiro de verão) que Sandy se deslocava ao sul do estado da Pensilvânia com ventos de 105 km/h e rajadas ainda mais fortes sobre grande parte da Costa Leste.
A supertempestade, rebaixada para tempestade pós-tropical pouco depois de tocar a terra na costa de Nova Jersey na segunda-feira à noite, mas a destruição provocada superou amplamente seu nível na escala Saffir-Simpson dos furacões.
Uma empresa de previsão de desastres estimou que as perdas econômicas poderiam chegar a US$ 20 bilhões, sendo apenas metade desse valor garantida por seguros.
Sandy tocou a terra na noite desta segunda pela costa de Nova Jersey, com ventos de 130 km/h e deslocando-se a 37 km/h.
O olho do fenômeno (a parte central da tempestade) atingiu as proximidades de Atlantic City, de acordo com o boletim do Centro Nacional de Furacões (CNF), com sede em Miami.
As autoridades americanas haviam advertido sobre os riscos "sem precedentes" e ordenaram a saída de centenas de milhares de pessoas em cidades ao longo da faixa costeira da Nova Inglaterra (nordeste) até a Carolina do Norte (sudeste).
O presidente Barack Obama alertou os americanos sobre a ameaça representada por Sandy, ao citar uma "tempestade grande e poderosa' que poderia ter consequências desastrosas.
A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana, a uma semana das equilibradas eleições de 6 de novembro.
Tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.
Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que aconteceu com o furacão Katrina em 2005.
A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo então presidente republicano George W. Bush, o que marcou o restante de seu segundo mandato.
Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos, milhares de desabrigados e muitos prejuízos. Só no Haiti, foram 51 mortos.
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