MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mais de 25 mil t de milho devem chegar a PE para alimentar gado


Falta de alimento já afetou cerca de 40% da bacia leiteira do estado.
Quantidade de milho não é suficiente; produtores vão enfrentar problemas.

Do G1 PE

A falta de alimento para o gado já afetou cerca de 40% da bacia leiteira de Pernambuco. Para minimizar os prejuízos da seca, mais de 25 mil toneladas de milho vão chegar ao estado. O problema é que mesmo assim, a quantidade não será suficiente para atender a todos os criadores.
Uma portaria de junho deste ano, dos ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Planejamento, determinou: o milho para o Nordeste terá subsidio do governo federal até dezembro. A medida é uma ajuda para que os produtores consigam alimentar e manter o rebanho vivo, durante uma das piores secas dos últimos 30 anos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ficou responsável pela distribuição para o setor agropecuário a preços são especiais. No mercado uma saca de milho de 60 quilos custa, em média, R$ 50 em Pernambuco.
Para os produtores atingidos pela estiagem a tabela ficou assim: os preços dependem do consumo dos produtores. A classificação é definida pelo rebanho que ele possui, no momento que fez o cadastro na Conab. Em maio eram 170 cadastrados, hoje são 15 mil produtores na lista. Quem pode comprar até três mil quilos por mês paga R$ 18. Quem compra até sete mil quilos paga R$ 21 e quem precisa de até 14 mil quilos de milho por mês, paga R$ 24, em cada saca.
“Esse milho está atrasado, agora que está começando a chegar o milho em maior quantidade, mas mesmo assim a demanda necessária é muito maior do que está chegando. Vais ajudar muito a partir de agora porque está começando a chegar. Até agora o que tinha chegado era uma quantidade tão pequena que não dava pra ajudar em nada”, contou o presidente da Associação dos Criadores de Pernambuco, Manassés Rodrigues.
No estado a Conab tem três depósitos: um no Recife e dois no Sertão, em Arcoverde e Petrolina. O depósito do Recife é enorme, mas milho é coisa rara. O que chega sai, e o que fica está comprometido.
Aproximadamente 120 toneladas foram encontradas no local. Somando com as outras duas unidades, o estoque passa para 220 toneladas. Até agora, só foram distribuídas seis toneladas e meia para quatro mil produtores. “O que aconteceu foi que a empresa fez o leilão e esse leilão não foi bem sucedido, ou seja, as transportadoras não compareceram, não fizeram suas propostas, com isso atrapalhou um pouco a chegada desse milho aqui em Pernambuco”, explicou Roberto Lins, superintendente da Conab no estado.
Até o final do próximo mês a Conab espera receber mais 25 mil toneladas de milho para todo estado. A quantidade pode parecer suficiente, mas não é. Muitos produtores vão enfrentar problema de abastecimento.
Mesmo com o reforço no estoque, a Conab não vai conseguir atender a demanda. “Em vez de três mil quilos por mês estamos limitando a 1.500 quilos justamente para atender a todos os nossos produtores”, disse Lins.
Para os produtores que estão na pior só resta esperar e torcer para que a ajuda não chegue tarde demais. “Já está complicado. Hoje a nossa bacia leiteira houve uma queda de 30, 40% de sua produção e essa recuperação vai ser muito difícil e se não houver essa ajuda termina acabando a bacia leiteira”, comentou Manassés Rodrigues.
Para comprar o milho, o criador precisa se cadastrar em um dos sete polos da Conab espalhados pelo estado: Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Floresta, Ouricuri e Petrolina. É necessário que o produtor leve cópia dos documentos pessoais: identidade, CPF, comprovante de residência e a ficha sanitária fornecida pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), onde há o número de animais que o criador possui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário