Foto: REUTERS/Washington Alves
O laudo de estabilidade, que deve ser emitido periodicamente, é uma exigência para que uma barragem continue operando
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que investiga a tragédia
de Brumadinho (MG), o geólogo da Vale, César Augusto Grandchamp, disse
que não possui especialidade em barragens. Mesmo assim, ele assinou o
laudo que atestou a estabilidade da estrutura que se rompeu no dia 25 de
janeiro, causando mais de 200 mortes. “Eu, como geólogo, não tenho
especialidade em barragens. Eu não sou geotécnico em barragens e muito
menos especialista na questão de liquefação. Então, eu confio e confiei
plenamente na avaliação que foi feita por especialistas da Tüd Süd e
pelas equipes da geotecnia corporativa e da geotecnia operacional da
Vale”, disse Grandchamp. O laudo de estabilidade, que deve ser emitido
periodicamente, é uma exigência para que uma barragem continue operando.
Ele é emitido após avaliações de uma empresa terceirizada que deve ser
contratada pela mineradora. No caso da barragem de Brumadinho, esse
trabalho foi feito pela consultoria alemã Tüv Süd. O laudo foi emitido
em junho de 2018 trazendo duas assinaturas: a do engenheiro Makoto
Namba, pela Tüv Süd, e a de Grandchamp, pela Vale.
Agência Brasil
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