Ponte Salvador-Itaparica pode afetar economia da ilha, diz especialista

Para professor da Ufba, Paulo Ormindo, o equipamento deve criar forte impacto no já caótico trânsito da capital baiana

BAHIA.BA

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Diferentemente do vice-governador e secretário estadual de Planejamento (Seplan), João Leão (PP), o professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Ormindo, acredita que a construção da ponte Salvador-Itaparica pode afetar o potencial econômico da ilha e de cidades do Recôncavo que cresceram na última década, caso de Santo Antônio de Jesus.
Na avaliação dele, a ideia de que haverá desenvolvimento regional pode ser ilusória. Para o urbanista, o mais provável é que, em vez de facilitar o progresso da ilha, a capital baiana se beneficie e concentre a demanda por serviços.
“Salvador nunca conseguiu criar uma expansão contínua em seu entorno. Lauro de Freitas não tem equipamento que valha. Candeias e Simões Filho são favelões. São Francisco do Conde tem uma das maiores rendas do Brasil, mas a cidade não tem absolutamente nada”, disse, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
O professor também estima que, com a ligação, cerca de 170 mil novos veículos cheguem diariamente à capital, com forte impacto no já caótico trânsito da cidade.