
Foto: Márcia Valle

Foto: Ascom
Para se chegar a este documento, foram realizadas reuniões, debates e audiência pública, no qual foram ouvidos especialistas em recursos hídricos, entidades e profissionais envolvidos em ações de preservação do rio. Entre as associações que acompanharam as discussões, estiveram a Fundação Padre José Koopmans (FUNPAJ), que é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que presta serviços de assessoria e consultoria na gestão de projetos socioambientais. O presidente da entidade, João Luiz Monti, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal OSollo, no qual comentou a respeito das propostas foram debatidas para solucionar o problema.
Referente aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos por parte do Simpósio das Águas, o presidente da FUNPAJ explicou que para “construir uma legislação comum é preciso que haja ampla participação da sociedade civil, para que tenhamos leis que expressem a vontade dos mais humildes e os verdadeiros sentidos de cuidado com a natureza do rio. Mas, para isso, será preciso uma intensa campanha para esclarecimentos, debates, proposições que venham a confluir”. Em seguida, criticou “os ganhos econômicos que, indiscutivelmente, sobrepõem-se aos interesses da população e reservam dividendos a apenas empreendedores interessados em ganhar mais dinheiro. Essa lógica precisa ser superada, ainda que se tenha que conviver com o sistema que a tudo quer traduzir em dinheiro, com a ideia do capitalismo verde que intenciona pagar por serviços ambientais que a natureza presta aos cidadãos, mas à custa dos ‘cidadãos’ pobres não aos que hegemonizam a concentração de riquezas no país”, completou João Luiz Monti.

Foto: João Ramos – Bahiatursa
No fim da entrevista, João Luiz Monti fez um alerta “para que não haja decisões sem a necessária fundamentação nos melhores estudos científicos e práticas de regeneração de áreas de preservação permanente, degradadas pelas atividades econômicas, principalmente, pela agropecuária e a urbanização da cidade que, continuamente, avança sobre estas áreas”. Que segundo ele, decorre das “especulações dos ‘empreendedores’ que vislumbram lucrar com grandes serviços e obras que, talvez, não sejam necessárias”, concluiu o presidente da FUNPAJ.
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