Salas do edifício estão disponíveis para cursos, ensaios e reuniões.
Biblioteca voltada para público infanto-juvenil começa a ser montada.
Sala no interior do Grande Hotel, em Goiânia (Foto: Luísa Gomes/G1)
Do lado de fora, o trânsito é frenético e os pedestres perambulam pelo Centro de Goiânia.
Mas, ao cruzar os portais do Grande Hotel, a sensação é que o tempo
passa mais lento. O prédio tombado como Patrimônio Histórico de Goiás já
abrigou os pioneiros da capital, foi cenário de memoráveis bailes da
alta sociedade, objeto de negociações de dívidas e abrigou mostra de
arquitetura. Atualmente, com localização e arquitetura privilegiadas, o
Grande Hotel tem tudo para retomar a característica de ponto cultural da
cidade.É o que pretende a Secretaria de Cultura de Goiânia com o projeto de abrir as salas do local para que grupos culturais realizem atividades como ensaios, reuniões e cursos. São duas salas e um salão disponíveis para o público. Os interessados devem fazer o requerimento pelo e-mail grandehotelgoiania@hotmail.com.
Além dos espaços amplos e silenciosos, outro grande atrativo do Grande Hotel para os artistas são os horários de funcionamento. De segunda a sexta-feira, as portas do edifício ficam abertas das 8h às 22h e, aos finais de semana, inclusive domingos, das 9h às 18h.
Outro projeto que começa a ser implantado é uma biblioteca, no andar térreo do Grande Hotel. Com temática infanto-juvenil, os livros ali expostos são emprestados gratuitamente a quem se interessar. “Queremos, por exemplo, que um pai de família que vá pegar o ônibus para voltar para casa passe aqui antes e pegue um livro para o filho”, explica a diretoria de Políticas e Eventos da Secult, Marci Dornelas.
Biblioteca infato-juvenil começa a ser montada no
Grande Hotel (Foto: Luísa Gomes/G1)
Em longo prazo, a intenção é que os dois projetos se misturem e que a
biblioteca seja palco para que os grupos artísticos interpretem leituras
para o público. “O objetivo é que seja uma biblioteca interativa e
lúdica, que as pessoas tenham vontade de vir”, afirma Dornelas.Grande Hotel (Foto: Luísa Gomes/G1)
Patrimônio
O hotel foi inaugurado em 1937 sendo um dos três primeiros edifícios da cidade. Com 60 quartos, sendo quatro de luxo, distribuídos em três pavimentos, o local recebeu nomes famosos como o antropólogo Claude Lévi-Strauss.
Da construção original resta a estrutura da fachada, tendo o interior sido descaracterizado ao longo dos anos. As instalações passaram por reforma em 2004, quando o Grande Hotel sediou o evento Casa Cor. Há dez anos passando por manutenções básicas, é possível notar que há algumas infiltrações no prédio e alguns pisos originais começam a descolar.
Além disso, as janelas do andar térreo receberam barras de ferro extra, contra atos de vandalismo. Em 1991,o edifício foi tombado como Patrimônio Histórico de Goiás como um dos 20 bens que formam o patrimônio do estilo arquitetônico Art Déco em Goiânia.
O Grande Hotel é hoje é sede da Divisão de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura. Parte do prédio ainda é utilizada por funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), resultado da negociação do pagamento de uma dívida do governo com o órgão nacional.
Funcionária da Divisão do Patrimônio Histórico trabalha na recuperação de fotos (Foto: Luísa Gomes/G1)
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