Problema aconteceu na tarde desta terça-feira (16), em Cariacica.
Prefeitura disse que procura foi além do normal.
O vidraceiro Márcio Alves disse que é difícil ver uma criança esperar por atendimento. "Mediquei minha filha em casa, pela manhã, mas já passou o efeito do remédio. A gente fica sem ação. Vi mães que choraram aqui, porque os filhos já estavam com o olho roxo de tanta dor de cabeça. Quando é um adulto, ele reclama, fala o que sente. Já a criança, não. Quando é criança, não sabe falar o que está sentindo. É muito difícil", disse Alves.
"Nós ficamos à mercê de quem? Já são seis horas de espera. Nós vamos buscar ajuda aonde? Me sinto debilitada, fico sem saber o que fazer", declarou a auxiliar de serviços gerais Simoni dos Santos.
O pediatra Jorge Luiz Kalil, que atende no local, disse que o problema maior acontece na estrutura básica de saúde. "Há sete anos eu trabalho aqui e todo dia é assim. Falta estrutura básica de saúde nos bairros, onde não tem médico, então a população vem para cá. Esse não é um problema exclusivo de Cariacica. Aqui, atendemos em média 350 crianças por dia", disse Kalil.
A Prefeitura também esclarece que existe um déficit de profissionais médicos de especialidade pediátrica em todo o país. Atualmente, Cariacica conta com 96 médicos pediatras que realizam atendimento em toda a rede pública de saúde do município. Além de suportarem toda a demanda da área pediátrica do município, a rede pública de saúde de Cariacica recebe pacientes de cidades vizinhas, o que culmina no aumento das filas de espera.
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