Prédio ao lado do Maracanã seria destruído para a Copa de 2014.
Governador Sérgio Cabral fez o anunciou na manhã desta quinta (18).
Prédio, em péssimo estado de conservação, está ocupado por índios (Foto: Pablo Jacob / Agencia O Globo)
A Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro
vai entrar, na próxima semana, com uma ação civil pública na Justiça
Federal para tentar impedir a demolição do Museu de Índio, próximo ao
Maracanã, na Zona Norte da cidade. Na manhã desta quinta-feira (18), o
governador Sergio Cabral disse que o espaço foi comprado pelo estado e
que seria demolido por uma exigência da Fifa. O prédio foi construído no
século 19 e está atualmente ocupado por um grupo de indígenas.Segundo o defensor público André Ordacgy, no entanto, a entidade máxima do futebol o enviou um documento se mostrando contrária a essa demolição. Além disso, ele alega que existe um laudo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a favor da preservação do prédio.
"Nós entraremos com uma ação civil pública semana que vem na Justiça Federal para tentar uma liminar para que não seja demolido o prédio. Temos laudo do Iphan favorável à preservação do espaço. O único que está querendo é o governador. O estado já notificou os índios para que saiam. Recebi um documento da Fifa mostrando que eles são contra. Uma das ideias da Fifa é que se preserve a característica dos locais que estão recebendo obras para a Copa do Mundo.
O prédio será demolido para facilitar a mobilidade urbana no entorno do Maracanã durante a Copa de 2014. No documento, a Fifa diz que "adota o respeito aos direitos humanos e a aplicação de normas internacionais de comportamento como princípios e como parte de todas as suas atividades... Espera que respeitem a legislação local e que as medidas tomadas sejam socialmente viáveis".
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