02/09/2018 - 10h42 | Por: Folhapress
Após o novo reajuste de 13% no preço do diesel, na última sexta-feira, 31 de agosto, a UDC – União dos Caminhoneiros do Brasil, divulgou uma nota informando uma nova mobilização em todo o país.
Conforme a nota, a nova greve terá início após o feriado de 7 de setembro e será por tempo indeterminado.
Isso porque, a lei que estabeleceu a nova política de frete prevê revisão dos pisos mínimos caso o combustível tenha oscilação superior a 10%, para acomodar o aumento de custos dos caminhoneiros.
“Pedimos imediatamente as seguintes providências afim de que a população brasileira não sofra os danos de uma nova paralisação”, afirma a nota.Os caminhoneiros da UDC também reclamam da atuação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e pedem a dissolução da diretoria da entidade. A possibilidade de uma manifestação perto das eleições, no entanto, já era ventilada dias após a paralisação de onze dias em maio, como forma de pressão política. De acordo com caminhoneiros ouvidos pela reportagem, se a ANTT não se posicionar até o dia 7 ou 8 de setembro, é grande o risco de haver novas paralisações.
No dia 31, a Abcam, entidade que reúne os motoristas autônomos, afirmou que pretende se reunir com o governo para discutir o tema e que “fará o possível para evitar nova paralisação” da categoria.
Durante a última sexta-feira, circularam em aplicativos de trocas de mensagens áudios, cuja autenticidade não foi comprovada, convocando para paralisação a partir da madrugada de segunda, 3.
A Abcam confirma ter detectado focos de insatisfação por aplicativos de trocas de mensagem, mas diz ainda não ver mobilização suficiente para nova paralisação.
Na primeira paralisação, que teve liderança dispersa, as redes sociais foram importante instrumento de mobilização. “A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, disse a Abcam.
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