Foto: Divulgação
Risério trabalhou na campanha da petista a convite do marqueteiro João Santana, mas depois se afastou
O escritor e poeta baiano Antonio Risério acusa a editora 34 de
censurar romance que ele escreveu e que seria lançado em junho. De
acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo,
Risério diz que um dos capítulos abordava de forma crítica o marketing
de campanhas eleitorais, fazendo “referência implícita” a campanhas de
Dilma. Ele trabalhou na campanha da petista a convite do marqueteiro
João Santana, mas depois se afastou. Ainda segundo a coluna, a editora
cancelou a publicação. Em uma carta enviada a Risério, a 34 afirmou que
“em face do acirramento da crise, com a turma pró-impeachment apelando
para medidas ilegais e até criminosas para levar a cabo, a qualquer
custo, a derrubada do atual governo (…), nós, editores e diretores da
34, não nos sentiríamos bem engrossando esse caldo. Num momento em que o
bom senso e a reflexão crítica estão indo por água abaixo, o seu livro
poderia ser instrumentalizado nesse sentido”. Risério, que foi assessor
de Gilberto Gil no Ministério da Cultura durante o governo de Lula e
hoje apoia a Rede, afirma que a decisão mostra “um sectarismo
microconjuntural, uma coisa maluca de achar que um romance poderia
contribuir para o impeachment. É uma megalomania de literatos”. A 34 não
quis se manifestar.
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