O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nessa
terça-feira (29) que não vai promulgar a Lei de Anistia, aprovada pelo
Parlamento, onde a oposição ao governo tem maioria, por considerar que
ela tem como objetivo proteger criminosos. “Estão aprovando uma lei para
proteger assassinos, criminosos, narcotraficantes e terroristas”, disse
Maduro, acrescentando que leis para amparar terroristas e criminosos
não passarão. “Por aqui não passam, façam o que fizerem”. O chefe de
Estado venezuelano fez o comentário durante encontro, transmitido
obrigatoriamente pela rádio e televisão, com trabalhadores do setor de
educação no palácio presidencial de Miraflores, no dia em que a
Assembleia Nacional discutiu a lei. A ordem do dia do plenário foi
alterada para retomar o debate do projeto de Lei de Anistia, aprovado em
fevereiro. A discussão foi iniciada sob críticas da bancada chavista
(leal ao governo), que qualificou o projeto como “lei de amnésia
criminal”. “Esta lei pretende lançar as bases da reconciliação
nacional”, afirmou a deputada Delsa Solórzano, durante o debate de
votação de cada um dos 29 artigos do projeto. O texto prevê a libertação
de 76 prisioneiros políticos e a anistia de centenas de venezuelanos
“perseguidos e exilados” devido à sua oposição ao poder chavista, que
dirige a Venezuela há 17 anos, declarou a deputada. A lei pretende
beneficiar principalmente um grupo detido durante os protestos contra o
presidente da Venezuela, no início de fevereiro de 2014, liderado por
Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão pela violência
ocorrida em um desses dias. POLITICA LIVRE
Agência Brasil
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