O pastor José Wellington Bezerra da Costa foi eleito para mais um
mandato à frente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil
(CGADB) durante a 41ªAssembleia Geral Ordinária em 2013. Na época, o
pastor Samuel Câmara, que também concorria ao cargo, requisitou que
fossem apresentados os comprovantes de pagamento dos convencionais
inscritos para participariam da eleição. O objetivo era verificar
possíveis inscritos fora do prazo legal. Segundo o pastor Robson Aguiar
seriam cerca de 1.800 inscritos fora do prazo legal (28/12/2012). “A
suspeita era que o pastor Wellington, para se beneficiar nas eleições,
teria permitido as inscrições”, escreveu. Pelos cálculos de Aguiar, sem
esses votos irregulares, o pastor José Wellington ficaria com 7.203
votos e Samuel Câmara se sagraria vencedor, pois teve 7.407 votos. Isso
mudaria totalmente a configuração da CGADB. Após ter perdido, Samuel
Câmara ajuizou ação junto à justiça. Ainda que a decisão judicial
determinasse a apresentação dos documentos solicitados, José Wellington
se recusou a fazê-lo. Sendo assim, a Justiça do Estado do Amazonas
determinou multa diária no valor de R$ 50 mil reais. A liderança da
CGADB decidiu não cumprir a sentença e o caso continuou nos trâmites
judiciais. Sua decisão foi por um agravo pedindo o efeito suspensivo da
medida até que houvesse o trânsito em julgado. O pedido não foi aceito
pelo desembargador Leonam Gondim da Cruz Junior em sua decisão. A
diretoria da CGADB entrou com agravo interno, novamente foi negado o
pedido do efeito suspensivo. Em 3 de março de 2016, o caso ganhou um
novo capítulo. O juiz da 1ª. Vara Cível e Acidentes do Trabalho de
Manaus, José Renier da Silva Guimarães, exigiu que o presidente da
Convenção Geral, dentro de 15 dias pagasse nove milhões de reais em
multas acumuladas desde 2013. Ouvido pelo site JM Notícia, o pastor
Samuel Câmara mostrou-se preocupado com a falta de transparência da
maior instituição representativa das Assembleias de Deus no Brasil. “A
nossa prioridade é trabalhar pela transparência, legalidade dos atos
convencionais. Votos, mobilização e transparência, nós sempre tivemos”,
afirmou. Por sua vez, José Wellington, através do advogado da Convenção
Geral, Dr. Abiezer Apolinário, recorreu da condenação, e entrou com um
Agravo de Instrumento junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas. Ele
tenta reverter a condenação, afirmando que a documentação dos
comprovantes de inscritos já foi apresentada. (Sul Bahia News)
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