quarta-feira, 30 de março de 2016

Editora censura escritor baiano que trabalhou para Dilma


Foto: Divulgação
Risério trabalhou na campanha da petista a convite do marqueteiro João Santana, mas depois se afastou
O escritor e poeta baiano Antonio Risério acusa a editora 34 de censurar romance que ele escreveu e que seria lançado em junho. De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, Risério diz que um dos capítulos abordava de forma crítica o marketing de campanhas eleitorais, fazendo “referência implícita” a campanhas de Dilma. Ele trabalhou na campanha da petista a convite do marqueteiro João Santana, mas depois se afastou. Ainda segundo a coluna, a editora cancelou a publicação. Em uma carta enviada a Risério, a 34 afirmou que “em face do acirramento da crise, com a turma pró-impeachment apelando para medidas ilegais e até criminosas para levar a cabo, a qualquer custo, a derrubada do atual governo (…), nós, editores e diretores da 34, não nos sentiríamos bem engrossando esse caldo. Num momento em que o bom senso e a reflexão crítica estão indo por água abaixo, o seu livro poderia ser instrumentalizado nesse sentido”. Risério, que foi assessor de Gilberto Gil no Ministério da Cultura durante o governo de Lula e hoje apoia a Rede, afirma que a decisão mostra “um sectarismo microconjuntural, uma coisa maluca de achar que um romance poderia contribuir para o impeachment. É uma megalomania de literatos”. A 34 não quis se manifestar.

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