Em reunião na residência do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo
Cunha (RJ), líderes de sete partidos da base aliada, mais o
oposicionista Solidariedade, formalizaram nesta terça-feira (25) a
criação de um bloco "informal" que terá o objetivo de aumentar o poder
de negociação com o governo federal.
Segundo lideranças que participaram da criação do "blocão", a primeira
medida do grupo será apoiar um requerimento apresentado por líderes da
oposição que propõe que o Legislativo investigue suspeitas de pagamento de propina
a funcionários da Petrobras. Além do PMDB, segunda maior bancada da
Câmara, aderiram ao "superbloco" PSC, PP, PROS, PDT, PTB, PR e
Solidariedade – siglas que juntas somam 240 deputados federais.
A decisão de criar um bloco para pressionar o governo da presidente
Dilma Rousseff surgiu das insatisfação dos deputados com as supostas
quebras de acordo na liberação de emendas parlamentares de 2013 e com o
fato de o Planalto ter trancado a pauta da Câmara ao carimbar projetos
de seu interesse com o regime de urgência constitucional.
De acordo com o líder do PROS, Givaldo Carimbão (AL), o novo bloco quer
aprovar, ainda nesta semana, requerimento do DEM e do PSDB que propõe a
criação de uma comissão externa de deputados para investigar denúncias
de que funcionários da Petrobras teriam recebido propina da empresa
holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas flutuantes a companhias
petrolíferas.
Na semana passada, reportagem do jornal “Valor Econômico” revelou um
suposto esquema de pagamento de suborno a autoridades de governo e de
estatais de diversos países, entre os quais o Brasil. A denúncia foi
publicada na página em inglês da SBM na Wikipedia, em outubro de 2013,
mas só veio à tona na última semana.
No texto, uma pessoa que se identifica como ex-diretor da SBM afirma
que a companhia teria pago mais de US$ 250 milhões em propinas entre
2005 e 2011 a empresas e autoridades em diversos países – entre eles, o
Brasil. “A oposição apresentou requerimento para apurar essa questão
envolvendo propina na estatal e vamos todos apoiar a aprovação desse
texto essa semana”, disse Carimbão, designado pelos demais líderes da
base para ser o "porta-voz" da reunião desta terça. (G1)
blog do coronel
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