MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 2 de julho de 2013

Clínica para dependentes é fechada após denúncia de maus tratos, no CE


Três pacientes afirmam ter sido agredidos por recusarem medicamento.
Estabelecimento foi fechado para investigação.

Diana Vasconcelos Do G1 CE

Uma clínica de tratamento para dependentes químicos, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, foi fechada na manhã de segunda-feira (1º) por denúncias de maus tratos aos pacientes. De acordo com a titular da Delegacia Metropolitana do Eusébio, Ana Lúcia Moreira de Almeida, três pacientes afirmaram ter sido agredidos. O estabelecimento, que é particular, foi fechado para investigação.
Segundo a delegada, no fim de semana, um paciente recém-internado afirmou ter sido agredido após recusar tomar a medicação. Sem aceitar a situação, bebeu xampu para forçar a saída do local e ser encaminhado até um hospital, onde entrou em contato com o Conselho Municipal Antidrogas (Comad) e realizou denúncia. O paciente também registrou boletim de ocorrência.
A Polícia Civil, membros do Comad e da Vigilância Sanitária foram até o local. Conforme Ana Lúcia, outros dois pacientes afirmaram também ter sofrido as agressões. “Dois deles comentaram que, no sábado (29), se recusaram a tomar medicação e foram espancados”, disse a delegada. Os agentes da Vigilância Sanitária também encontraram irregularidades.
A clínica apresentava 22 pacientes que pagam R$ 1.200,00 por mês. Todos eles foram encaminhados para Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e serão acompanhados pelo Comad. De acordo com Ana Lúcia, o caso merece uma atenção especial. No momento da transferência, não havia médicos no local, apenas um terapeuta ocupacional.
Bons resultados
Apesar das denúncias e dos problemas encontrados, a delegada explica que a clínica funciona há três anos e com pacientes que apresentaram bons resultados. “O ex-paciente que fez a denúncia passou lá meia hora”, destaca e completa, “eles [pacientes] têm quatro refeições, praticam ioga, piscina e prática de esportes [na clínica]. Mas são denúncias graves, terei de ouvir todos os internos”.
A delegada afirma que é preciso ter cuidado para não confundir procedimentos normais da clínica, com delitos. “Clínicas têm processos que não permitem que pacientes saiam, tem um sistema. Então, isso não pode ser considerado um cárcere, por exemplo”, explica. Ana Lúcia contou que o proprietário da clínica afirmou, em depoimento, que os pacientes tratados no local estão em último grau. “São pacientes que não querem se recuperar e não tem condições de conviver com a família, eles ficam transtornados”, destaca.

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