Moradores da zona rural do MA são prejudicados pela falta de médicos

Estado registra menor quantidade de médicos por habitante no país.
Dados são do Conselho Federal de Medicina.

Do Globo Rural

O vilarejo Água Branca, na zona rural de Sucupira do Norte, tem um posto médico que acabou de ser reformado. A estrutura melhorou, mas a população ainda reclama da qualidade do serviço.
Aos 70 anos e sem um pulmão, Nair de Souza mora no vilarejo e precisa de acompanhamento médico diário, mas só pode contar com uma agente comunitária de saúde.
O Maranhão tem menos de um médico para cada grupo de mil habitantes, a menor média do país, segundo o Conselho Federal de Medicina. A situação é pior na zona rural dos municípios menores, como Sucupira do Norte. Três médicos têm que cuidar da saúde de 10.444 habitantes, média de 0,2 médicos para cada mil habitantes.
O clínico geral Vicente de Paula Barros presta serviço com plantões de 24 horas no único hospital do município. O médico tem que atender, em média, 40 pacientes, sem contar os atendimentos de urgência. O equipamento que dispõe no consultório, um aparelho de ultrassonografia, está quebrado.
Maria Luz Pereira Costa, secretária municipal de Saúde de Sucupira do Norte alega que o município não tem recursos para pagar mais médicos.
No município de São Félix de Balsas, também no sul do Maranhão, há, segundo o Conselho Federal de Medicina, dois médicos para 4,7 mil habitantes, mas ainda assim falta plantonista no hospital.
Pelo menos 500 famílias da zona rural de São Félix de Balsas deveriam ser atendidas em um posto de saúde, que há oito meses está de portas fechadas.
A Prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde foram procuradas pela reportagem, mas em um dia de semana, às 4 horas da tarde, estava tudo fechado. Contatos por telefone também foram realizados diversas vezes com a Prefeitura e a Secretaria de Saúde de São Félix de Balsas, mas nenhuma ligação foi atendida.