Fala do presidente foi dita durante evento em Ponta Porã (MS) de inauguração de uma estação radar da Força Aérea Brasileira.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Por Daniel Gullino
Acuado
por investigações da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro subiu o
tom ontem contra membros da comissão. Bolsonaro afirmou que a CPI é
formada por "sete bandidos", em referência à ala majoritária da
comissão, e disse que não será retirado do cargo por "mentiras".
“Não
conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI integrada
por sete bandidos que vão nos tirar daqui — disse o presidente, durante
evento em Ponta Porã (MS) de inauguração de uma estação radar da Força
Aérea Brasileira (FAB)”.
Nos últimos dias, a CPI tem focado
em apurar a compra de vacinas. Ontem, a CPI da Covid aprovou a
convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros. A
aquisição da Vacina Covaxin é investigada pelo Ministério Público
Federal (MPF), que viu indícios de crime. Na terça-feira, o Ministério
da Saúde suspendeu o contrato, atendendo a recomendação da
Controladoria-Geral da União (CGU).
A dose do imunizante
negociada pelo governo foi a mais cara entre todas as que foram
contratadas pelo Ministério da Saúde, e o processo de aquisição foi o
mais célere de todos. O valor total do contrato é de R$ 1,6 bilhão. O
montante foi empenhado, isto é, reservado pela Saúde, mas ainda não foi
pago.
Ontem, foi publicada a exoneração de Roberto Ferreira
Dias do cargo de diretor do Departamento de Logística do Ministério da
Saúde. A medida foi tomada após as denúncias de que Dias teria
pressionado pela aprovação célere da Covaxin. O ex-diretor também
foi acusado por um empresário de ter pedido propina para facilitar
contratos de vacina com o ministério, segundo o jornal "Folha de S.
Paulo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário