Não está fácil para ninguém… Nem mesmo para os super ricos. A crise do chips na indústria automotiva mundial não está mais fazendo distinção entre carros para as massas e aqueles feitos para poucos, muito poucos.
O baixo suprimento de semicondutores, quem diria, chegou à Rolls-Royce, Bentley e outras marcas de ultra luxo e superesportivos.
Na aristocrática marca inglesa, que estampa sua marca também em motores de aviões e navios, a fila de espera é em média de seis meses. Então, a saída para alguns é comprar um Rolls-Royce usado.
Segundo especialistas de mercado, um “RR” de segunda mão desvaloriza em média 45% em cinco anos, o que se traduz em um bom negócio. Bem, talvez nem todos os ricos pensem dessa forma na hora de gastar sua grana, mas é isso ou mofar na fila de espera.
Para aqueles que deixam o orgulho de lado, partir para um alto luxo usado também não é uma tarefa fácil. Os carros seminovos no geral, tanto na Europa, quanto nos EUA e por aqui também, ficaram bem mais caros com a procura maior.
Nos EUA, segundo a Edmunds, os carros usados subiram em média quase 30% só em junho. Por lá, o setor automotivo inflacionou o índice geral de preços ao consumidor em mais de um terço e ele é o maior dos states em 13 anos…
Mas, de volta à Rolls-Royce, muitos clientes estão buscando o serviço “Provenance”, que seleciona carros de segunda mão altamente revisados.
Gerry Spahn, chefe de comunicações da Rolls-Royce América do Norte, disse: “Antes, um em cada três veículos que vendíamos era proveniente. Agora, está perto de 75 por cento.”
Na Bentley, os usados tiveram alta de 150% até maio e a McLaren viu suas máquinas de segunda mão valorizarem 40% só este ano. Os usados subiram apenas 2%.
Para especialistas, o mais indicado é usar os serviços de carros seminovos das marcas de luxo, geralmente com unidades de dois anos, revisadas em um nível elevado de atenção.
Na Ferrari, há um programa que verifica 101 itens do carro, inclusive investigam o histórico do veículo. Com garantia de 2 anos, o usado do cavalino rampante ainda é testado na pista para verificar se suas condições permitem revendê-lo.
Para estas marcas, como Aston Martin e Lamborghini, por exemplo, os usados são um convite para novos clientes. Elas direcionam os esforços de venda para aqueles que não ostentaram essas máquinas na garagem e poderem pagar por isso. Enquanto isso, o mercado mundial continua sem chips suficientes…
[Fonte: Auto News]
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