MEDIÇÃO DE TERRA

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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Coronel de 'Abin paralela' fez ponte de vendedor que citou propina com governo

 


O coronel Roberto Criscuoli disse ao Estadão ter sido responsável por fazer a ponte entre a Davati Medical Supply, a quem Dominguetti dizia representar, com a pasta.


Tribuna da Bahia, Salvador
01/07/2021 06:00 | Atualizado há 2 horas e 32 minutos

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Foto: Reprodução / Redes Socais

Por Vinícius Valfré 

O policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que disse ter desistido de vender vacinas ao Ministério da Saúde após receber um pedido de propina, chegou ao governo por meio de um oficial da reserva do Exército que integra a chamada "Abin paralela", grupo de informantes que o presidente Jair Bolsonaro afirma manter para não depender dos órgãos oficiais de informação. O coronel Roberto Criscuoli disse ao Estadão ter sido responsável por fazer a ponte entre a Davati Medical Supply, a quem Dominguetti dizia representar, com a pasta. A Davati, porém, nega que o policial tenha qualquer relação com a empresa.  

"Eu fui procurado por um representante da empresa uma vez num hotel. Vieram falando que era porque eu conhecia muita gente no governo. É lícito vender vacinas, é um item que o governo estava comprando. Mas, como não sou lobista, só disse para procurarem o Rodrigo", disse o militar ao Estadão. O contato do coronel é Rodrigo de Lima Padilha, funcionário terceirizado do Ministério da Saúde ligado ao coronel Pedro Geraldo Pinheiro dos Santos, à época diretor do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento do ministério (DESID) - agora, superintendente da pasta no Rio de Janeiro.  

Criscuoli, porém, afirmou não se lembrar do nome da pessoa que o procurou dizendo ser representante da empresa. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Dominguetti disse ter aberto negociação com o governo em nome da Davati para vender 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Segundo ele, o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou propina de US$ 1 por dose para que a negociação avançasse, o que acabou não ocorrendo.  

Fonte: Estadão Conteúdo

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