JORNAL A REGIÃO
O Hospital Regional Costa do Cacau pode parar de funcionar e ser fechado a partir de agosto. Um grupo de servidores denuncia o sistemático atraso de salários há meses. Segundo médicos e funcionários, ele chega a 3 meses e a razão seria um débito do Governo do Estado com a gestora, em R$ 30 milhões.
Uma carta enviada para ao administrador do hospital, José Américo, pede para que uma lista de médicos "não constem na escala do Pronto-Socorro a partir do dia 09 de agosto de 2021 (30 dias após data de entrega deste documento)".
"Tal medida está sendo por nós tomada em decorrência do não pagamento dos nossos vencimentos, tendo muitos de nós recebido o último pagamento refente ao trabalhado em março. Fica totalmente inviável para nós, que temos nossas famílias e compromissos a zelar, trabalhar por tanto tempo sem receber, e o mais grave, na incerteza de se e quando iremos receber os valores devidos".
"Caso haja regularização dos pagamentos, teremos grande prazer em continuar servindo a instuição e os pacientes de toda a região, que são atualmente atendidos por uma equipe cirúrgica de qualidade e comprometida com a boa prática médica", diz o comunicado, também enviado ao Conselho Regional de Medicina e ao Ministério Público.
Fonte do hospital, consultada pelo jornalista Paulo Lima, afirma que os médicos vão trabalhar somente até o final de julho, repassando doentes para outras unidades de saúde de Ilhéus e Itabuna, sempre que possível.
Apesar da gravidade da situação, a Sesab não responde aos questionamentos ou afirma que "todos" os repasses são feitos em dia. Até o momento, prefeituras, Câmaras e Conselhos de Saúde de Ilhéus e Itabuna têm ignorado o problema e se mantido omissas no que pode se tornar uma tragédia na região em meio a uma pandemia.
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