O anúncio vem meses após Trump sofrer retaliações pelos discursos de ódio que propagava nas redes sociais
Foto: Reprodução/Instagram
Em
um novo capítulo do embate entre Donald Trump e das grandes empresas de
tecnologia dos EUA, o ex-presidente afirmou nesta quarta-feira (7) que
entrou com processos judiciais contra o Twitter, o Facebook e o Google.
O
republicano disse ter processado também os principais executivos das
três big techs -Jack Dorsey, Mark Zuckerberg e Sundar Pichai,
respectivamente-, sob o argumento de que estariam silenciando pontos de
vista conservadores.
O anúncio vem meses após Trump sofrer
retaliações pelos discursos de ódio que propagava nas redes sociais. O
Twitter baniu o ex-presidente permanentemente, em janeiro, após ele
incitar a invasão do Congresso americano durante a sessão conjunta entre
deputados e senadores para a certificação da vitória de Joe Biden, seu
sucessor na Presidência dos EUA. Em decisão semelhante, o Facebook
proibiu a volta de Trump para a plataforma até 2023.
Trump
tinha nas redes sociais um de seus principais mecanismos para oxigenar a
opinião pública em defesa de suas bandeiras e, quando estava na
Presidência, adotou as plataformas como uma espécie de canal de
comunicação oficial com os americanos –movimento posteriormente adotado
pelo brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) e por diversos outros
líderes.
Sua saída de cena das redes, a contragosto, pesa
especialmente agora que, fora da Casa Branca, o republicano retomou uma
agenda de comícios públicos para tentar viabilizar uma nova campanha
presidencial para 2024.
Ao anunciar a iniciativa legal contra
as big techs durante um discurso no seu campo de golfe no estado de Nova
Jersey, Trump disse que entrou com os processos em um tribunal da
Flórida. Ele afirmou iniciar uma ação coletiva contra as empresas, mas
não detalhou quem mais participaria da empreitada.
Na última
semana, a organização que leva o nome de Trump e gere a maior parte dos
negócios de sua família e um de seus principais executivos financeiros,
Allen Weisselberg, foram indiciados por crimes fiscais pela promotoria
de Manhattan. As acusações dizem respeito à evasão de impostos sobre
vantagens adicionais concedidas a funcionários do grupo que não
constavam nas declarações fiscais.
Trump é ainda investigado
em outros processos. A lista inclui tentativas de influenciar os
resultados das eleições presidenciais no estado da Geórgia em 2020;
inflar os valores de suas propriedades para obter empréstimos mais
vantajosos; difamação de E. Jean Carroll, uma ex-redatora da revista
Elle; e incitação aos atos violentos no Capitólio.
Fonte: Folhapress
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