MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Bolsonaro volta a atacar Barroso e diz que a população não aceitará eleição sem voto impresso

 


Bolsonaro promete liberar o dinheiro para ter voto impresso

Ingrid Soares
Correio Braziliense

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (23/7), que a população não aceitará as eleições de 2022 sem o voto impresso. Comparou os eleitores a um “exército” e voltou a criticar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso. Ele afirmou também que o Brasil não pode aceitar que aqui ocorra o mesmo que em outros países, como Cuba.

“O Barroso…sem comentários. Mas tudo bem. O nosso exército, que são vocês né, não vai aceitar acontecer o que ocorreu em outros países porque depois para retornar, pessoal… O que a gente quer é jogar dentro das quatro linhas da Constituição, e queremos eleições limpas. Eleições que não sejam limpas não são eleições. É uma coisa simples de entender isso daí. Até numa eleição de síndico de prédio, eleições da escola tem fraude. Isso não é eleição. Eleição fraudada não é eleição, isso não é democracia”, alegou, ao conversar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

NÃO FALTA DINHEIRO – “Fico me perguntando porque não querem voto impresso. Se o Lula teve 49% de intenção de votos, é até bom que garanta a eleição dele, né?, ele não pode tomar uma pinga na esquina… Estava tudo pronto. De repente o Barroso foi para dentro do Congresso, conversou com líderes e eles trocaram as composições dos seus representantes nas comissões e hoje, na comissão, não passa.”

O presidente repetiu que Barroso tem interesse nas eleições do próximo ano. “Qual o interesse dele? Ele tinha que ser o primeiro a dizer: presidente, o voto impresso é mais uma segurança”, e dar um motivo qualquer para não ter. Não essa desculpa esfarrapada de “não tem dinheiro”. O dinheiro quem trata sou eu, não é ele. Não vai faltar dinheiro para comprar a maquininha para imprimir o voto do lado ali”, completou.

SERÁ CANDIDATO? – Apesar de diariamente discursar em clima de campanha, Bolsonaro alegou que decidirá se concorrerá à reeleição apenas em março de 2022.

“Eu não posso falar que sou candidato agora, porque é crime eleitoral. E outra, só vou falar em eleição no ano que vem. Março, como último mês de filiações, daí eu decido o futuro aí.”

Bolsonaro também criticou pesquisas que mostram o ex-presidente Lula na liderança das eleições de 2022 e ironizou que o voto impresso serviria para garantir a vitória do petista. No entanto, reconheceu que se o projeto de voto auditável fosse colocado em votação hoje, “não passaria”.

CPI DA COVID – O presidente voltou a criticar aCPI da Covid-19, ridicularizando a denúncia do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti Pereira, de que teria recebido do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, pedido de propina de US$ 1 por dose ao tentar vender 400 milhões de doses da vacina da Astrazeneca ao governo federal.

O cabo se apresenta como vendedor autônomo da empresa norte-americana Davati Medical Supply. O presidente ironizou: “é mais fácil acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho e Saci Pererê do que no cabo”. E reiterou, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que a venda não foi concretizada.

UM PICARETA – “Não gastamos um centavo. Picareta tentando vender vacina tem no mundo todo. Quem quiser acreditar no cabo da PM de Minas que tinha 400 milhões de vacina para vender, acredite. Tem Papai Noel também, é mais fácil acreditar em Papai Noel, Chapeuzinho Vermelho, Saci Pererê do que no cabo. Alguém vai tratar de propina no restaurante? Geralmente, a gente ouve falar que se trata dentro da piscina pelado. ‘Ah, Pazuello gravou uma reunião com empresário.’ Quase todo dia eu me reúno com empresário. ‘Ah, tava tratando de vacina, não sei o que.’ Ué, a reunião não foi com ele, foi com o secretário dele. Ele foi lá e cumprimentou o pessoal. E não foi aceita aquela proposta”, defendeu Bolsonaro, citando vídeo no qual o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello aparece em reunião com empresários que buscavam vender imunizantes.

“Agora que eu vi que eles estavam discutindo era o seguinte: eles ofereceram uma vacina com o preço lá em cima, com metade do pagamento adiantado. É estratégia, pô, né? Com toda certeza, a segunda reunião, caso tivesse, a gente diminui o preço da vacina e você dá metade adiantado. Estaria procurando os vendedores da vacina até hoje”, riu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário