MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 1 de setembro de 2018

Marina diz que Bolsonaro tem 'muita proposta sem propósito'


Marina participou de encontro com empresários na Casa da Federação das Indústrias do Rio (Casa Firjan)

Tribuna da Bahia, Salvador
01/09/2018 08:40 | Atualizado há 11 horas e 42 minutos
   
Foto: Reprodução

A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) disse ontem, ao comentar o início da propaganda eleitoral na TV das eleições 2018, que "tem muita proposta sem propósito" na campanha, referindo-se ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Marina participou de encontro com empresários na Casa da Federação das Indústrias do Rio (Casa Firjan). "Eu vou debater as questões relevantes para o Brasil, não apenas na perspectiva do voto, mas na do que é justo. É inadmissível que alguém diga que não vai demarcar terra indígena. Não se pode ser presidente para governar só para os que têm, os que sabem", disse a candidata, acompanhada do candidato a deputado federal pela Rede Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo. "Temos que defender os mais frágeis. Tem muita proposta sem propósito; quero associar proposta e propósito. E ser justa para índios, mulheres, negros, empresários, trabalhadores", afirmou Marina.
Ao comentar o resultado do PIB, divulgado ontem, Marina disse que para fomentar a indústria o Brasil precisa se integrar à cadeia produtiva global. "A indústria já representou mais de 20% do PIB, e hoje está reduzida a algo em torno de 9%. As transformações que estão acontecendo no mundo exigem que a gente pense num novo ciclo de prosperidade", afirmou a candidata, que defendeu também o aumento das exportações e a diminuição de entraves tarifários. "Temos que nos integrar às cadeias produtivas globais, agregação de valor, e isso requer transição para uma indústria cada vez mais competitiva."
O PIB cresceu 0,2% no 2º trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, divulgou o IBGE, totalizando R$ 1,693 trilhão. O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado pela queda da indústria. "Temos que debater como as novas tecnologias podem ajudar nesse novo ciclo, gerando renda. Vamos trabalhar a reforma tributária, a simplificação dos processos de abrir e fechar empresas. É fundamental para essa transição. Os investimentos já comprometidos terão que passar por essa transição também. Temos grande potencial em relação às commodities agrícolas e de minério, desde que de forma sustentável. Na área de serviços, vamos investir no turismo."
Pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada mostra a candidata em terceiro lugar no cenário que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - preso pela Lava Jato - e em segundo com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) como substituto na chapa petista. No primeiro, Lula tem 39% das intenções de voto, Bolsonaro, 19%, e Marina, 8%. No segundo, Bolsonaro aparece com 22% e Marina, com 16%. Foram ouvidos 8.433 eleitores em 313 municípios brasileiros nos dias 20 e 21. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95% (o que quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os números conferirem com o momento atual da campanha, considerado esta margem de erro). O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR 04023/2018.

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