Postado em 30/08/2018 8:24 DIGA BAHIA!
Você
já ouviu falar em narguilé? O acessório de origem oriental, similar a
um cachimbo, é utilizado para fumar tabaco aromatizado, que vem ganhando
cada vez mais adeptos no Brasil. O que muita gente pode não saber é que
uma hora de narguilé equivale a consumir cerca de 100 cigarros, segundo
o Instituto Nacional de Câncer (INCA). No Dia Nacional de Combate ao
Fumo (29), o pneumologista do Hospital São Rafael (HSR), Guilherme
Montal, explica que “essa prática consegue ser ainda pior que o cigarro
comum, uma vez que não existe um filtro para a fumaça”.
Ainda de acordo com o médico, apesar de
conter água e aromatizantes, a fumaça do narguilé, assim como o típico
cigarro, contempla substâncias tóxicas ao organismo – mais de quatro
mil. “Além da nicotina (maior causadora da dependência), existem
alcatrão, monóxido de carbono, polônio 210, cádmio, dentre outras”,
detalha. Guilherme Montal também esclarece que essa prática é maior
entre adolescentes e jovens, geralmente em meios de socialização, como
bares e festas.
Aos adeptos ao narguilé vale outra
advertência: por ser um objeto de compartilhamento, existe ainda a
possibilidade de transmissão de doenças infecciosas, como hepatite,
herpes e tuberculose. Para além desses riscos, pesquisas afirmam
que tabagismo, de um modo geral, gera danos a curto e longo prazo,
podendo desencadear mais de 50 doenças, tais como: respiratórias
(enfisema, câncer, bronquites), doenças cardiovasculares e risco de
câncer, além da ansiedade e das alterações comportamentais.
“O fumo também pode provocar irritação nos olhos e nariz, dor de cabeça,
alergias, dores no peito, aumento da pressão arterial, transtornos de
memória e do sono, doenças do sistema imunológico e déficit de atenção”,
pontua o pneumologista.
Pare de fumar
Mais de 200 mil brasileiros morrem, por
ano, vítimas do tabagismo, de acordo com o INCA. Apesar de ser uma
estatística elevada, para quem quer parar de fumar, os benefícios são
animadores. Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;
em oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza; e de 12 a 24
horas, os pulmões já começam a funcionar melhor. A tendência é que após
dois dias, o olfato e o paladar melhorem e após três semanas a pessoa já
note melhoras também na respiração e na circulação. “Após um ano
sem fumar, o risco de morte por infarto do miocárdio reduz pela metade e
após cinco ou 10 anos, o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas
que nunca fumaram”, esclarece Guilherme Montal.
Vença os gatilhos
– Evite situações estressantes.
– Passe longe do cafezinho.
– Evite ficar muito tempo sozinho.
– Opte por não frequentar ambientes que possuem bebida.
– Passe menos tempo com pessoas que fumam.
– Livre-se das lembranças do cigarro.
– Pratique exercícios físicos e mantenha sua mente sempre ocupada.
– Procure apoio médico.
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