MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de agosto de 2014

Em Marapanim, PA, festival de carimbó exalta a cultura paraense


Evento começou oficialmente nesta sexta, 1º, e segue até domingo, 3.
Carimbó concorre ao título de patrimônio cultural imaterial do país.

Do G1 PA
O carimbó é um dos ritmos mais presentes nas festas em Algodoal e Marudá (Foto: Ray Nonato/Amazônia Jornal)O carimbó dança tradicional paraense.
(Foto: Ray Nonato/Amazônia Jornal)
Iniciou nesta sexta-feira (1º) em Marapanim, no nordeste do Pará, a oitava edição do Festival do Carimbó da cidade. Com uma extensa programação de música, dança e artesanato local, o festival, realizado pela Associação Marapananiense de Agentes Multiplicadores de Turismo (Amatur) segue até domingo (3).
O objetivo do festival é a valorização do ritmo, que no próximo mês de setembro concorre ao título de patrimônio cultural imaterial do país. “Com a certificação, o carimbó será o quarto bem de patrimônio cultural imaterial do Pará, somando-se ao Círio de Nazaré, à Festividade de São Sebastião do Marajó e à capoeira”, afirmou a pesquisadora do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), a técnica em antropologia Larissa Guimarães, que foi a abertura do evento.
Para marcar o início da festa, um mastro com cerca de quatro metros de altura, enfeitado com frutas e bebidas alcoólicas foi erguido na praça central na cidade do carimbó. “Marapanim é conhecida pela valorização do carimbó raiz. Por isso, esse evento é tão esperado pelos moradores. Durante três dias, tudo gira em torno de apenas um som, acompanhado de muito tambor, banjo e curimbó, instrumento que originou todo esse ritual”, afirma o compositor Mario Canuto, um dos coordenadores do evento.
Membro do grupo de carimbó "Os Originais", um dos mais tradicionais do município, o músico Humberto dos Santos, 69, conhecido como mestre Ninito, afirma que o festival reacende a busca pelo carimbó raiz. “A cada novo evento desse tipo, o carimbó raiz, que até alguns anos corria o risco de desaparecer, passa a tomar um novo fôlego. Por isso, esse momento é muito celebrado por todos aqueles que escolheram esse ritmo como vocação”, conta o mestre, que desde os 16 anos participa de grupos folclóricos e já soma 12 composições em sua carreira.
O casal de aposentados Manoel da Costa, 76, e Paulina Trindade, 71, diz que não perde um festival. Os dois fazem questão de se vestirem a caráter para a festa. “Eu adoro esse ritmo, nem que eu queira não consigo ficar parada. O carimbó está no sangue dos marapananiense. Tanto os que nasceram aqui, como os que assim como eu, escolheram essa cidade para morar”, conta Paulina. “Só de ouvir o batuque do curimbó, meu pé já começa a se arrastar sozinho”, brinca o aposentado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário