Projeto conta com o apoio da Prefeitura de Três Passos, onde ele vivia.
Garoto de 11 anos foi morto em abril; quatro estão presos pelo crime.

A paisagista contratada já concluiu o projeto, que foi aprovado pelo prefeito José Carlos Amaral (PTB). Para a avó materna de Bernardo, a homenagem ajudará a manter viva a imagem do neto.
"Acho que esse memorial, esse projeto que querem fazer é uma forma de seguir pensando nele. De manter viva a imagem do meu neto e não deixar que esse crime tão cruel caia no esquecimento", disse Jussara Uglione ao G1.
"O Bernardo era um menino muito amável. Só com eles [Graciele e Leandro] que aconteciam essas coisas", lamentou a avó, se referindo aos vídeos que mostram uma briga entre o casal e o menino e outra gravação em que o garoto discute com o pai, pedindo que pare de gravar imagens suas, e o ameaça com uma faca.
.Com as outras pessoas ele era muito educado, muito querido. Você vê que todo mundo amava ele na cidade, a única coisa que faltava era amor em casa", lamentou.
O projeto do memorial, no entanto, ainda está em fase inicial, segundo a prefeitura. A definição do terreno escolhido deverá sair dentro de alguns meses.
Após vídeo, advogado quer nova investigação
O advogado da avó de Bernardo Boldrini, Marlon Taborda, vai pedir a reabertura das investigações sobre o suicídio da mãe da criança, Odilaine, em 2010. O defensor foi motivado a fazer o pedido após a divulgação de um vídeo que mostra uma briga entre a criança, o pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini. As imagens foram recuperadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) do celular de Leandro.

viva imagem do neto (Foto: Caetanno Freitas /G1)
Odilaine morreu em 2010 após se suicidar, conforme conclusão da polícia. Nas imagens, a madrasta fala para o menino que a mãe dele é uma "vagabunda". Leandro também critica a ex-mulher.
"Ah, Bernardo, eu fico com pena de ti… Com pena de ti, cara. Tua mãe te botou no mato. Deus o livre. Te abandonou", afirma Leandro. O menino responde aos dois revoltado. "Tomara que tu morra. Tomara que tu morra! E essa coisa [Graciele] que morra junto!", grita Bernardo.

cova (Foto: Reprodução)
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No dia 6 de abril, o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.
No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. No dia 14 de abril, o corpo do garoto foi localizado. Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem de um sedativo e depois enterrado em uma cova rasa, na área rural de Frederico Westphalen.
O inquérito apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Ainda conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita Leandro e Graciele arquitetaram o plano, assim como a história para que tal crime ficasse impune, e contaram com a colaboração de Edelvania e Evandro.
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