Servidores interromperam os serviços a partir desta terça-feira (25).
Categoria reivindica reestruturação do cargo de policial federal.
Policiais em frente ao 'elefante branco' em manifestação (Foto: Amanda Borges/G1)
Com um elefante branco no Centro de Rio Branco, os servidores da Polícia Federal
do Acre, entre agentes, escrivães e papiloscopistas, marcaram o início
da paralisação das atividades durante 48 horas, a partir desta
terça-feira (25). Esta é a terceira paralisação da PF somente este ano
no estado. A categoria se reúne na praça Plácido de Castro. Somente 30%
do efetivo permanece em atendimento.O elefante significa a ineficiência na resolução de casos investigados pela categoria. De acordo com os servidores, devido à falta de estrutura para fazer investigações, atualmente existe 96% de ineficiência na solução de casos.
Franklin Albuquerque, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Acre (Sinpofac) afirma que a reivindicação principal é a reestruturação do cargo de policial. "A gente continua brigando por uma lei que reconheça o que o policial federal faz no dia a dia", explica.
"O policial federal entra na profissão, e depois de 30 anos, quando chega a se aposentar, ele não ascendeu dentro do órgão. Não há nenhum plano de carreira. A gente quer que o policial possa se motivar, possa ter um plano de carreira, se especializar, como acontece em todas as polícias do mundo", explica.
O sindicalista afirma ainda que se o Governo Federal não apresentar um projeto de reestruturação do cargo, as paralisações vão aumentar. "A data da próxima paralisação ainda não vai ser divulgada por uma questão de estratégia, mas já vai ser de 72 horas. Fizemos duas de 24h esse mês, esta é a primeira de 48h e a próxima será de 72. Até culminar com uma greve geral", finaliza.
De acordo com a PF, elefante branco significa ineficiência na resolução de casos (Foto: Amanda Borges/G1)
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