No mesmo levantamento, a projeção para o crescimento da indústria em 2012 manteve-se em 1,58%. Para 2013, a mediana das estimativas para a expansão industrial apresentou leve melhora e aumentou de 4,20% para 4,25%. Um mês antes, a pesquisa apontava expectativa de crescimento de 2,02% neste ano e de 4% em 2013.
Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 35,9% para 35,83%. Para 2013, a projeção seguiu em 34,5%. Há quatro semanas, as estimativas estavam, respectivamente, em 36,2% e 34,7% do PIB para cada um dos dois anos.
Dólar
A mediana das estimativas dos analistas para o preço do dólar no fim deste ano subiu de R$ 1,85 para R$ 1,90. Para 2013, o mercado manteve a estimativa de que a moeda deve fechar o ano em R$ 1,85. Há um mês, analistas previam dólar a R$ 1,80 no encerramento de 2012 e também de 2013.
Na mesma pesquisa, o mercado financeiro elevou a previsão para a taxa média de câmbio de R$ 1,86 para R$ 1,87 no decorrer de 2012, na quinta alta seguida. Para o próximo ano, a estimativa de dólar médio avançou de R$ 1,83 para R$ 1,84, a terceira alta consecutiva. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar médio estava em R$ 1,80 para os dois anos.
Inflação
Os analistas do mercado financeiro diminuíram pela segunda semana seguida a previsão de alta do IPCA em 2012, de 5,21% para 5,17%. Com a diminuição, o número esperado pelos analistas se aproxima do previsto há um mês, quando o mercado trabalhava com 5,12% de alta. Para 2013, a mediana das expectativas para o IPCA manteve-se idêntica à vista uma semana antes, em 5,60%. Há um mês, a expectativa de inflação estava em 5,53%.
No regime de metas de inflação, o BC deve trabalhar para entregar um IPCA de 4,50%, com um intervalo de tolerância de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Ou seja, inflação entre 2,5% e 6,5% no ano.
A projeção suavizada para o IPCA nos próximos 12 meses foi em sentido contrário à previsão para 2012 e subiu ligeiramente, de 5,51% para 5,52%, ante 5,53% previstos há quatro semanas.
No grupo dos analistas que mais acertam as projeções na pesquisa Focus, o chamado Top 5, a projeção para o IPCA em 2012 no cenário de médio prazo foi diminuída de 5,22% para 5,18%. Para 2013, o grupo segue com expectativa de alta de 5,80%. Em ambos os casos, a atual previsão é maior que a vista há um mês, quando esses economistas apostavam em IPCA de 4,99% em 2012 e de 5,40% em 2013.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em maio de 2012 caiu ligeiramente, de 0,48% para 0,47%, retornando ao patamar estimado há quatro semanas. Para junho, a expectativa do mercado para a alta da inflação oficial caiu de 0,28% para 0,25%, ante 0,28% previstos quatro semanas antes.
Selic
O mercado financeiro manteve a previsão para o patamar do juro básico da economia nos próximos meses. A mediana das estimativas para a taxa Selic no fim deste mês seguiu em 8,50% ao ano, o que indica expectativa de corte do juro de 0,50 ponto porcentual. Confirmada a expectativa, o Brasil passaria a conviver com o menor juro da história a partir da próxima quarta-feira à noite.
Para o fim de 2012, nada mudou na pesquisa Focus e o mercado segue com a expectativa de juro em 8%. Dessa forma, o mercado prevê que, além do corte previsto para esta semana, a taxa será reduzida em 0,50 ponto adicional. Para 2013, também foi mantida a expectativa de que o juro voltará a subir para fazer frente à subida da inflação e deve fechar o próximo ano em 9,50%.
A pesquisa Focus mostrou, ainda, manutenção da previsão de juro médio no decorrer de 2012 em 8,72%. Para 2013, a mediana das expectativas de Selic média recuou de 9,23% para 9,20%, na nona queda seguida. Há um mês, o mercado esperava Selic média de 9,28% neste ano e de 9,68% no próximo ano.
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