Área de Mata Atlântica na Paraíba é destruída e autores serão multados

Responsáveis serão multados em R$ 584 mil pela devastação.
Área corresponde a quase 1% da Mata Atlântica da Paraíba.

Do G1 PB

Área será embargada e responsáveis serão
multados em R$ 584 mil (Foto: Divulgação/Ibama)

O Ibama divulgou nesta quinta-feira (31), que agentes ambientais federais identificaram um desmatamento de 73 hectares de Mata Atlântica no município de Pilõezinhos, no Brejo paraibano, na última terça-feira (29). A área que foi desmatada ilegalmente em Pilõezinhos, representa quase 1% dos remanescentes de Mata Atlântica em todo o estado da Paraíba.

A Operação Dalbergia embargou a área que teve a vegetação nativa destruída e queimada ilegalmente e aplicou multa de R$ 584 mil ao responsável pela devastação, o proprietário do terreno. A operação será finalizada neste sexta-feira (1).
“É muito triste constatar, em plena véspera da semana do meio ambiente, que a Mata Atlântica continua sendo devastada ilegalmente no estado da Paraíba para utilização alternativa do solo, isso mostra que ainda há pessoas e empresas com mesma mentalidade do tempo dos senhores de engenho em relação ao meio ambiente”, comentou o superintendente do Ibama na Paraíba, Bruno Dunda.
A Operação Dalbergia começou na semana passada no estado da Paraíba, nas regiões do Brejo e do Litoral e faz parte do Planejamento Nacional Anual de Proteção Ambiental do Ibama (PNAPA), para coibir o desmatamento criminoso da Mata Atlântica no estado. A fiscalização conta com indicativos de desmatamentos detectados por análise de imagens de satélites no Núcleo de Geoprocessamento da Superintendência do Ibama na Paraíba.

Na Paraíba, em 2010, restavam 756,4 km² de
mata atântica (Foto: Divulgação/Ibama)

Bruno Dunda ainda avaliou dizendo que “um desmatamento dessas dimensões, 73 hectares na Mata Atlântica, é uma enormidade considerando o pouco que resta do bioma e a sua importância para a biodiversidade, é tão hediondo e nocivo como aqueles desmatamentos de milhares de hectares feitos na Amazônia, que chocam a opinião pública quando aparecem sendo fiscalizados pelo Ibama nos telejornais”.