Governador diz que sempre preza impessoalidade em ações administrativas.
E acrescenta que seus secretários e auxiliares têm autonomia para atuar.
"Acho até um desrespeito da sua parte me perguntar isso. Uma coisa é a relação pessoal que tenho com empresários e não empresarios, outra coisa é a impessoalidade da decisão administrativa. Essas relações são de uma irresponsabilidade completa, um desrespeito completo com a minha pessoa, com a administração que a gente vem fazendo aqui, com os meus secretários de estado. Eu duvido que algum secretario meu diga: 'bom o governador um dia ligou'", reclamou o governador.
Ele disse que anda tranquilo com a atuação de seus secretários e auxiliares em cinco anos e meio de governo. O governador destacou que eles têm autonomia em decisões administrativas para gerenciar suas pastas.
"Ando muito tranquilo quanto a atuação a frente do governo do estado. Todos os secretários do estado, até como uma mudança na Segurança Pública, Obras, Meio Ambiente, em todas as áreas do governo, sempre nomeie o secretário dando autonomia a ele. A impessoalidade marcou o meu governo, jamais qualquer decisão administrativa dos meus secretários, jamais um secretário meu recebeu qualquer tipo de ligação minha, de pedido meu para nomear alguém ou beneficiar a empresa A B ou C", acrescentou o governador, dizendo que respeita o trabalho no Congresso Nacional e que seu trabalho não tem nada a ver com as suspeitas sobre a Delta.
Inquérito para investigar venda da empresaO procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho abriu um inquérito para investigar a venda da Delta ao grupo J& F, detentora da JBS. O objetivo é apurar possíveis irregularidades na venda da construtora, alvo de denúncias de fraude, corrupção e superfaturamento. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro informou na quarta-feira (16) que foram enviados ofícios a Controladoria Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O procurador também pediu à Secretaria-Geral da Presidência da República uma listagem com todos os contratos celebrados entre a União e a Delta, dentro do estado do Rio de Janeiro. Também foram oficiados pelo procurador da República, a Junta Comercial do Rio, a Delta e o grupo J& F. De acordo com o MPF, o inquérito foi instaurado na última sexta-feira (11).
Inquérito civil público
Em 2011, a Procuradoria abrira um inquérito civil público para investigar a regularidade da participação de 31% do BNDES no grupo JBS, principal controlada da J&F.
Em 10 de maio, o procurador regional da República Nívio de Freitas Silva Filho requereu a abertura do inqúerito civil público por considerar “uma afronta aos princípios da legalidade e da moralidade”, a concretização do negócio que tem como sócio o BNDES e uma empresa que poderá ser declarada inidônea. O procurador regional considera urgente a tomada de medidas para evitar a alienação do patrimônio da Delta, dada a gravidade e a extensão das fraudes noticiadas recentemente.
J&F demite após rescisão da Petrobras
Na terça-feira (15), a J&F, grupo que controla o JBS e que assumiu a gestão da gestão da Delta Construções, confirmou que demitiu 800 funcionários após a decisão da Petrobras de rescindir contratos de R$ 843,5 milhões que mantinha com dois consórcios nos quais a construtora participava e que eram responsáveis por obras no Complexo Petroquímico do rio de Janeiro (Comperj).
Em 11 de novembro, a Petrobras rescindiu os contratos com a Delta. Segundo a Petrobras, o contrato com a Delta na obra da Etapa 2 da reforma e modernização da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas da Reduc, que se encerra em junho próximo, está mantido.
Delta deixa obras
Após os escândalos envolvendo a Delta, a construtora deixou várias obras, como a reurbanização na Favela do Chapadão e a da Transcarioca, obra do BRT que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador.
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