Preço pago pelo cereal desanima produtores.
Eles estão migrando para outras culturas.
O agricultor Adriano Vivian pela primeira vez não vai colher nenhum grão de trigo este ano. O produto foi vencido pela chance de melhores ganhos com outras culturas, como o milho.
A redução na produção de trigo do Paraná é alarmante. De acordo com a Secretaria da Agricultura, esta é a menor área dos últimos 37 anos, com 785 mil hectares, queda de 25% em relação ao ano passado. O oeste do estado tem a maior redução: chega a 70% na região de Toledo.
Uma propriedade é um exemplo claro do que tem acontecido no Paraná. Cinco anos atrás, uma enorme área estava coberta com o trigo. Hoje, ele divide espaço com o milho e com o feijão.
A cada ano, o agricultor Paulo Orso reduz a área, o investimento e a expectativa com o produto que considerava a principal cultura do inverno.
"O melhor que pode acontecer, na melhor das hipóteses, é empatar com o custo de produção. Minha teimosia é porque olho para outros fatores, como a conservação do solo, a manutenção dos terraços, a preservação ambiental e a sustentabilidade com a rotação de cultura", explica Orso.
Em todo o Brasil, a redução da área com trigo, segundo a CONAB, é de 9%. A produção, nesta safra, deve ser 13% menor na comparação com o ano passado.
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