Famosas já relataram sofrer com o problema, identificado pela separação dos músculos abdominais, como Boca Rosa e Lorena Improta
Foto: Divulgação
Durante uma gestação, o corpo da mulher passa por inúmeras transformações de forma muito rápida e uma delas é o afastamento dos músculos retos abdominais, chamado de diástase abdominal. Algumas famosas já relataram sofrer com o problema, como a influenciadora e empresária Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa, e a dançarina Lorena Improta, além da atriz Giovanna Ewbank e da cantora Sandy.
A condição, que afeta uma em cada quatro mulheres que engravidam, ocorre porque durante a gravidez o útero exerce um grande peso sobre o assoalho pélvico e os dois músculos do abdômen se esticam muito, de forma paralela e vertical, explicam os cirurgiões plásticos da Clínica Sanjuan e membros titulares da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Paulo Sanjuan e Victor Sanjuan. Por conta disso, essa musculatura pode acabar não conseguindo voltar totalmente ao estado natural, deixando a separação visível.
“Além da impressão de que o umbigo está saltado, a diástase provoca uma saliência acima ou abaixo do umbigo, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor lombar no pós-parto. Existe a possibilidade de o abdômen voltar ao normal até seis meses após o parto, mas, caso a deformidade persista, a queixa pode ser resolvida com intervenção cirúrgica”, comenta Paulo Sanjuan.
Alternativas cirúrgicas
O
procedimento de correção da diástase é conhecido como plicatura, onde os
músculos retos são unidos novamente, diminuindo a distensão. Para
retirar o excesso de pele que acompanha a diástase, o mais indicado é
realizar a abdominoplastia associada. “O procedimento reduz o volume
abdominal e retira aquela gordurinha localizada na barriga. A cirurgia
pode ser realizada de diferentes formas a depender das necessidades da
paciente”, conta Victor Sanjuan.
Além da abdominoplastia clássica, que corrige a flacidez abdominal, existe a lipoabdominoplastia, que associa a lipoaspiração com a retirada gordura de todo o abdômen, cintura e dorso, remodelando o contorno corporal. “É uma técnica bastante avançada, considerada uma das opções mais efetivas e seguras para redefinir a silhueta”, destaca Paulo Sanjuan.
Apesar de existirem alguns fatores de risco para o surgimento da diástase, como ganho de peso exagerado na gravidez, gestação de gêmeos, múltiplas gestações ou sedentarismo, a condição pode aparecer em qualquer mulher.
“Além disso, a gravidez não é a única causa de diástase abdominal. Ela também pode acontecer com pessoas que levantam objetos muito pesados, por exemplo, especialmente se a postura não é adequada para esse esforço, em pessoas sedentárias e obesas”, indica Victor Sanjuan. No caso da obesidade, o problema fica evidente após um grande emagrecimento, como o que ocorre depois de uma cirurgia bariátrica.
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