Parece ter sido tudo bem planejado no sentido de amenizar ou mesmo anular o impacto causado pelas declarações do Presidente Lula de que durante a sua prisão em Curitiba planejara quando fosse solto “f...” Moro,o então juiz federal da 13ª Vara Federal de Curitiba que o condenara,hoje senador da República,confirmado pelo TRF 4ª Região,e pelo STJ,todos à unanimidade.
Dando seguimento ao “desmanche” da Operação Lava,por iniciativas do Supremo Tribunal Federal,um a um os condenados presos na Operação Lava Jato foram sendo absolvidos,(des)condenados (no caso de Lula),e soltos.
Mas em face da enxurrada de réus corruptos que passaram pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba,preventa nesse tipo de processo,algumas pendências remanesceram.
Enquanto isso os “inimigos” da Operação Lava Jato não se acomodaram e trataram de buscar com a saída de Moro um juiz federal qualquer manifestamente (anti)lavajista, e crítico das atuações de Sérgio Moro e do Procurador Deltan Dallagnol, à frente da Operação Lava Jato,encontrando um bem “na medida”,por ter mostrado previamente as suas “garrinhas” de “cumpanheiro” de ideologia dos comunistas e corruptos presos pela Lava Jato. Acima de tudo (anti)lavajista.
A nomeação do juiz Federal Eduardo Fernando Appio veio “na medida” para os (anti)lavajistas.
Não passou nem 3 (três) dias das repercussões da fala bombástica de Lula,o contraveneno logo surgiu dentro da própria 13º Vara Federal de Curitiba ,que nos “bons tempos” da Lava Jato havia sido ocupada por Sérgio Moro ,e que foi o centro das maiores atenções da Operação Lava Jato,formada pela Polícia e Ministério Público Federais,e pelo Juízo de Direito da 13ª Vara Federal de Curitiba,cuja principal condenação foi a do então ex-Presidente Lula da Silva,que numa espantosa manobra do STF acabou sendo (des)condenado , solto ,e novamente eleito Presidente da República.
Resolveram “investir” num processo da Lava Jato que já se arrastava desde 2016,num “chove-não-molha” sem fim. O réu desse processo é Tacla Duran,um ex-advogado da Empresa Odebrecht que está respondendo por ter sido intermediário de propinas pagas a corruptos,e que tem dupla nacionalidade,brasileira e espanhola.
“Acharam um jeito” de tentar comprometer o ex-Juiz Sérgio Moro,que havia determinado a prisão preventiva do citado advogado,mas que só ficou preso na Espanha durante 3 meses,sendo logo solto por favorecimentos da burocracia diplomática. E de 2016 até agora a mesma situação se mantêm. Mas eis que de repente,não passada nem uma semana do que disse Lula sobre Moro,o tal processo fica revigorado e começa a andar â velocidade da luz. Surpreendentemente,Tacla Duran presta depoimento no processo a que responde,e alega ter pago US$ 613 mil a advogados ligados à esposa do Juiz Moro,também advogada,Rosângela Moro. Foi o que bastou para que o depoente fosse incluído no “Programa de Proteção à Testemunha”. E,de “quebra”,o juiz Appio revoga a prisão de Tacla Duran.
Mas a “isca” para pegar Moro tinha sido lançada. E de “quebra” também tentarão pegar Deltan Dallagnol.Como Moro tem foro privilegiado por ser senador,e tem muitos “amiguinhos” lá dentro do STF,o Juiz Appio imediatamente remeteu os autos para o Supremo,caindo no colo do Ministro Ricardo Lewandowski. Perfeito o “teatro”,não?
Ora,se porventura o preenchimento da 13ª Vara Federal de Curitiba tiver sido mera operação de rotina na movimentação de juízes,caindo a vaga para o juiz Appio,evidentemente seria ação tão somente dos “azares do destino”.Mas tudo leva crer que não foi nenhum “azar”. E que teve algum “empurrãozinho” (anti)lavajista no meio.
Com a palavra a Justiça Federal.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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