*Gabriel Rocha
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O aumento da demanda de profissionais de TI tem provocado alta rotatividade no setor, obrigando as empresas a criarem estratégias cada vez mais ousadas para se destacarem no mercado. Para enfrentar os desafios da área - atrair profissionais e reter os membros da equipe -, é importante estar atento às tendências de comunicação e de gestão de pessoas. Pesquisa da consultoria Robert Half, que ouviu 300 executivos C-Level para entender quais as suas maiores preocupações neste ano, constatou que a maioria diz respeito à questão da atração e retenção de talentos qualificados. Ao mesmo tempo, revelou que 48% dos executivos notaram um aumento no turnover, em comparação com os anos anteriores à pandemia. Além disso, 69% dos entrevistados acreditam que encontrar bons profissionais na área de tecnologia será cada vez mais desafiador. Para arrebatar um número maior de admiradores, as empresas devem recorrer às mídias sociais e aos veículos de comunicação, importantes ferramentas de interlocução entre a marca e seus consumidores. Ao compartilharem informações sobre valores, cultura e oportunidades de desenvolvimento, as organizações estão fortalecendo a marca empregadora e aumentando a visibilidade junto aos potenciais colaboradores, clientes e fornecedores, além de investir na retenção do time. A expressão employer branding – marca do empregador – consiste em um conjunto de técnicas e ferramentas usadas para construir uma reputação positiva junto ao mercado, fazendo com que as pessoas que se identificam com os seus valores queiram fazer parte da empresa. Diversas estratégias são adotadas para melhorar a percepção dos colaboradores e da comunidade em geral em relação à organização. Entre as iniciativas estão ações de responsabilidade social, investimentos em treinamento e desenvolvimento da equipe, oferta de benefícios inovadores, além de uma comunicação transparente e humanizada com o público interno e externo. As empresas que adotam o employer branding observam aumento no volume de candidaturas e uma redução no turnover, uma vez que os colaboradores ficam mais propensos a permanecer na organização por estarem satisfeitos com o ambiente de trabalho. Outro resultado positivo é o maior engajamento interno. Quando há a construção de uma cultura sólida e estruturada, a empresa cria uma identidade única e coerente, e os colaboradores sentem-se mais motivados e orgulhosos de trabalhar para uma marca forte e com presença positiva no mercado. Uma das melhores formas de fortalecer e humanizar a marca é por meio dos próprios colaboradores. Munidos de informações e com os treinamentos adequados eles podem compartilhar em suas redes as experiências e vivências na organização, atuando como embaixadores da marca. Adotando essa estratégia, a companhia não apenas aumenta a sua visibilidade, mas também promove um ambiente de trabalho mais participativo e engajado. Por fim, é importante destacar que o employer branding não é algo que possa ser construído da noite para o dia. O processo deve ser contínuo e contar com a participação de todos os níveis hierárquicos. É preciso investir tempo e recursos para criar uma cultura organizacional forte e positiva, capaz de atrair e reter os melhores talentos e aumentar expressivamente a competitividade da empresa no mercado! Gabriel Rocha é coordenador de Recursos Humanos na Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de edge computing.
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