Levantamento,
realizado em setembro pela consultoria educacional Rabbit com
aproximadamente 300 escolas, mostra que a inadimplência para o segundo
semestre desse ano vai se manter em um patamar estável ou até diminuir
O Grupo Rabbit, consultoria em gestão educacional, lança a 8ª edição da pesquisa Megatendências da Inadimplência Escolar.
O levantamento, realizado em setembro de 2022, contou com 283 escolas
brasileiras e teve como objetivo mensurar essa questão que afeta
diretamente os bolsos dos mantenedores dentro do contexto atual,
considerando aspectos como as consequências geradas pela crise sanitária
- como a evasão escolar, a migração de estudantes de escolas privadas
para públicas, entre outros -, além de compreender quais segmentos foram
mais afetados pelo atraso e não pagamento das mensalidades.
A
amostragem considerou 48,3% de instituições de ensino com Educação
Infantil e Ensino Fundamental; 32,8% delas com todos os segmentos, da
Educação Infantil ao Ensino Médio; 13,8% com Educação Infantil e 5,2%
com outras possibilidades. Foram levadas em conta escolas de pequeno,
médio e grande porte.
Cancelamentos à vista
Quando
os mantenedores e diretores foram questionados sobre o registro de
casos de cancelamento de matrículas desse ano, 59,6% dos respondentes
afirmaram ter tido ocorrências dessa natureza em junho e 67,5% disseram
sim para esse mesmo tipo de baixa em julho, o que representou um avanço
de praticamente 8% de um mês para o outro.
Em
junho, as escolas que mais sofreram com essas “quebras” foram aquelas
com Educação Infantil e Ensino Fundamental. Já no mês de julho, houve um
empate entre as com EI e EF, a partir de 65,2% de inadimplência, e as
que possuem todos os níveis de ensino (66,7%).
“Os
motivos para as rescisões, para as perdas e para os cancelamentos das
matrículas são variados, mas para a grande para a maioria dos
entrevistados, o fator mudança foi preponderante, atingindo 40,9% das
escolas com Educação Infantil; 58,5% das que possuem EI e EF e 56,3% das
que têm todos os níveis de ensino. Logo em seguida, está a questão
financeira. Aspectos como insatisfação com serviços e contexto pandêmico
foram mencionados em menor proporção”, afirma Christian Coelho, CEO da
consultoria e coordenador da pesquisa.
Atraso de mensalidades
O
levantamento ‘Megatendências da Inadimplência Escolar’ também analisou o
percentual de mensalidades em atraso, considerando 30 dias após o
vencimento. Em junho, a média de atraso para as escolas de Educação
Infantil foi de 3,5%, nas de Educação Infantil e Ensino Fundamental foi
de 10%; e naquelas com todos os segmentos de Ensino foi de 9,4%. Em
julho, as instituições com EI tiveram atraso de 3,1%, as de EI+F de 11% e
as com todos os níveis de Ensino com 11,1%.
Inadimplência em debate
Fazendo
recorte para a inadimplência em junho, as escolas com EI registraram
índice de 2,8%; as de EI+F registraram um índice de 9,2% e as com todos
os níveis de Ensino ficaram em 9%. No mês de julho, os índices
respectivos foram: 3%, 9,7% e 9,6%.
Os
entrevistados foram questionados sobre a comparação da inadimplência
entre junho desse ano e do ano passado e a conclusão foi a seguinte:
para as escolas de educação infantil e as instituições que possuem todos
os níveis de ensino, esse indicador está menor (50% e 50,7%
respectivamente). Para as escolas com Educação Infantil e Ensino
Fundamental, esse mesmo tópico está igual com índice de 42,9% (gráfico
abaixo).
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